O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, anunciou a proposta de criação de uma força-tarefa para apurar possíveis irregularidades na concessão de empréstimos consignados a aposentados. A entidade apresentou a iniciativa ao ministro da Previdência, Wolney Queiroz, e ao presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior.
Em entrevista à GloboNews, Sidney informou que os dois dirigentes devem visitar a sede da Febraban na próxima segunda-feira, 19, acompanhados do advogado-geral da União, Jorge Messias, e do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho. O encontro discutirá principalmente os processos relacionados ao crédito consignado.
Febraban prepara operação pente-fino
“Havendo qualquer tipo de irregularidade, vamos corrigir as fragilidades para garantir que o aposentado só receba o crédito se, de fato, tiver solicitado”, declarou Sidney. Conforme o presidente da Febraban, será possível realizar uma revisão ampla nos contratos de crédito sem suspender, contudo, os empréstimos atualmente em vigor. “Não estamos diante de uma situação crítica ou fora de controle”.
Sidney defendeu, da mesma forma, a importância do consignado como ferramenta legítima de financiamento ao consumo. Ele ressaltou ainda o interesse dos bancos em garantir que todas as operações recebam a autorização dos beneficiários. “Não vamos compactuar com fraudes”.
A força-tarefa irá apurar casos em que aposentados possam ter tido empréstimos contratados sem consentimento, além de dimensionar o impacto financeiro dessas operações. Também haverá a apuração de possível participação de familiares e correspondentes bancários em eventuais irregularidades, inclusive com a atuação conjunta de servidores do INSS.
Caso identifiquem a existência de fraudes, o sistema vai cancelar os respectivos contratos e estornar os valores correspondentes, com garantia de ressarcimento aos aposentados prejudicados. Para Sidney, o objetivo é esclarecer os fatos sem gerar insegurança entre os beneficiários: “É preciso dimensionar corretamente o problema para evitar alarme desnecessário”.
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