A Postal Saúde, responsável pelo plano de saúde dos funcionários dos Correios, enfrenta sérias dificuldades financeiras. As demonstrações financeiras de 2024 indicam risco à continuidade operacional em razão da dependência da empresa matriz, que também passa por problemas econômicos.
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A crise foi agravada pela necessidade de devolver R$ 221 milhões aos Correios depois de uma transação frustrada sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Essa devolução prejudicou a liquidez da Postal Saúde, que já operava com base na saúde financeira dos Correios.
Investimentos e crise no plano de saúde dos Correios

No ano passado, a Postal Saúde investiu cerca de R$ 2 bilhões em procedimentos médicos para 202 mil participantes. Contudo, pode ser necessário um “lastro financeiro” adicional se os Correios não mantiverem os aportes necessários.
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Em março de 2022, uma mudança transformou a empresa matriz de mantenedora para patrocinadora da Postal Saúde, a fim de desonerar a estatal. No entanto, a administração atual reverteu essa decisão e exigiu a devolução dos recursos, o que afetou negativamente o patrimônio líquido da operadora.
Essa crise financeira levou à suspensão de pagamentos a prestadores de serviços de saúde e resultou em interrupções no atendimento em algumas redes conveniadas. Para a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect), isso viola o direito fundamental à saúde dos funcionários.
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O presidente da Findect, José Aparecido Gandara, afirmou que “a omissão institucional, a inadimplência com prestadores e a não garantia dos serviços essenciais aos beneficiários configuram uma violação ao direito fundamental à saúde”.
Além disso, a contrapartida dos funcionários no plano de saúde é alvo de críticas. Ela chegou a 70% durante o governo anterior, mas foi reduzida para 42%. Por isso, estima-se que mais de 25 mil deixaram de participar em razão do custo elevado.
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