A Câmara dos Deputados e o Senado Federal atravessam uma semana de marasmo. Os presidentes das duas Casas estão fora do país: Hugo Motta (Republicanos-PB) viajou para os Estados Unidos para participar de um fórum, e Davi Alcolumbre (União-AP) acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na China.
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Apenas as oitivas da CPI das Bets movimentam os corredores do Senado. Todo o restante do Palácio do Congresso Nacional permanece vazio.
O funcionamento diário do Congresso Nacional, mesmo durante períodos de folga ou recesso, representa um custo significativo para os cofres públicos.
Orçamento para o Congresso
Em 2023, o orçamento total da Câmara dos Deputados e do Senado Federal superou R$ 13 bilhões, o que equivale a um custo diário superior a R$ 35 milhões.

Esse valor inclui salários de parlamentares e servidores, manutenção predial, segurança, serviços de limpeza e energia elétrica, entre outras despesas operacionais.
A discussão sobre a revisão de práticas como o “recesso branco” torna-se cada vez mais relevante, em um cenário de cobrança por gestão pública eficiente.
O Parlamento brasileiro é o segundo mais caro
O Congresso brasileiro é o segundo mais caro do mundo, em termos absolutos. Para sustentar os salários e os benefícios de cada um dos parlamentares, os pagadores de impostos desembolsam R$ 25 milhões por ano. Apenas o Parlamento dos Estados Unidos tem um orçamento superior, de acordo com estudo elaborado pela Universidade de Brasília (UnB), pela Universidade de Iowa e pela Universidade do Sul da Califórnia.
Em 2020, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal tiveram quase US$ 3 bilhões à disposição, o equivalente a 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor destinado ao Congresso é previsto no Orçamento Geral da União e repassado ao Poder Legislativo pelo Executivo. Nos EUA, o valor total foi de US$ 4,75 bilhões — 0,02% do PIB. O terceiro lugar é o Japão (US$ 1,12 bilhão), seguido pela Argentina (US$ 1 bilhão)
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