Absolvido em 1° de março deste ano, o catador de material reciclável Jean de Brito da Silva, autista de 28 anos, ainda usa tornozeleira eletrônica, por ter se envolvido no 8 de janeiro.
Conforme a defesa do jovem, cujo caso Oeste revelou, o equipamento precisaria ter sido removido no dia 17 daquele mês.
De acordo com os advogados Silvia Giraldelli e Robson Dupim, que cuidam do processo de Silva, depois de a decisão ter transitado em julgado, o fórum da Comarca de Juara (MT) ou a Cadeia Pública do município deveriam ter recebido uma carta de ordem para a retirada do aparelho. No entanto, até o momento, isso não ocorreu. Em 4 de abril, a defesa requereu o fim do monitoramento, mas ficou sem resposta.
Por isso, Silvia e Dupim entraram com um novo pedido, agora no Supremo Tribunal Federal (STF), em 28 de abril. A coluna recebeu o pedido em primeira mão. A solicitação, porém, segue em análise no STF.
Autista do 8 de janeiro não é o único a passar pelo constrangimento

Em outubro do ano passado, Oeste revelou a história do ex-morador de rua Wagner de Oliveira, de 50 anos. Ele frequentava o acampamento nas cercanias do Quartel General do Exército, em Brasília, apenas para comer.
Na ocasião, Oliveira também estava com tornozeleira, embora tivesse sido absolvido pelo 8 de janeiro havia dois meses.
Nem Moraes ou a Defensoria Pública da União (DPU), responsável pelo processo de Oliveira, avisaram ao homem que ele já poderia estar livre do equipamento tempos antes.
Após a denúncia da revista, a DPU entrou em ação e Moraes determinou a retirada do aparelho. Dessa forma, Oliveira enviou um vídeo à Revista Oeste, no qual contou um pouco de sua história.
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