RS decreta emergência para conter gripe aviária

O governo do Rio Grande do Sul (RS) decretou estado de emergência por 60 dias para conter a disseminação da gripe aviária no Estado. A administração publicou a decisão nesta sexta-feira, 17, no Diário Oficial do Estado, depois da confirmação de um foco do vírus H5N1 em uma granja comercial em Montenegro, na região do Vale do Caí.

O decreto se aplica desse modo a 12 municípios gaúchos: Triunfo, Capela de Santana, Nova Santa Rita, Montenegro, Esteio, Canoas, Gravataí, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Cachoeirinha, Novo Hamburgo e Portão. Essas cidades passam agora a seguir medidas mais rigorosas de controle sanitário, estabelecidas como resposta emergencial ao surto da doença.

RS: desafio é a rapidez no combate ao vírus

Conforme o governo estadual, o objetivo da medida é garantir uma “resposta mais rápida para combate aos focos de influenza aviária”. Autoridades sanitárias identificaram o problema tanto em uma granja de aves reprodutoras quanto em aves silvestres de um zoológico de Sapucaia do Sul. Ambas as ocorrências tiveram a confirmação do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Com o estado de emergência em vigor, o Rio Grande do Sul poderá acessar recursos com mais agilidade, tanto do ponto de vista jurídico quanto operacional. O decreto também facilita a aquisição de equipamentos, tecnologias e insumos para lidar com a crise sanitária.

Vírus é altamente contagioso entre aves

A gripe aviária, ou influenza aviária, decorre de um vírus da família Influenza tipo A. Altamente contagiosa entre aves, a doença pode provocar desde queda na produção de ovos até morte súbita. Entre os sintomas mais comuns estão presença de muco nasal, hemorragias, inchaço e outros sinais clínicos graves.

O subtipo H5N1, presente nos casos que o Estado confirmou, tem alta patogenicidade — ou seja, grande capacidade de principalmente afetar o organismo infectado. Embora o foco principal sejam aves, o vírus também pode atingir mamíferos em casos mais raros, o que amplia o nível de atenção das autoridades sanitárias.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que, até o momento, o risco de transmissão entre humanos permanece baixo. “O impacto geral na saúde pública dessas infecções, em nível global, no momento, é pequeno”, informou a entidade em comunicado de dezembro de 2024.

Apesar disso, a OMS acompanha a evolução do vírus e avalia o desenvolvimento de vacinas específicas para conter uma possível escalada de contaminação. O monitoramento inclui cooperação com governos e instituições científicas ao redor do mundo.

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