A Procuradoria-Geral da Rússia anunciou o bloqueio das atividades da Anistia Internacional nesta segunda-feira, 19, com a justificativa de que a organização apoiaria a Ucrânia. A medida faz parte de uma série de restrições contra entidades estrangeiras desde o início do conflito entre os países.
O governo russo tem acusado frequentemente a Ucrânia de estar sob influência de grupos neonazistas, uma alegação vista por Kiev, países ocidentais e outras nações como infundada e de cunho propagandístico.
Essas acusações são usadas como base para a repressão a grupos internacionais que atuam no país.
O trabalho da Anistia Internacional

Fundada em 1961, com sede em Londres, a Anistia Internacional é conhecida pelo trabalho em defesa dos direitos humanos e pela atuação em prol de pessoas que considera prisioneiros de consciência.
Segundo a Procuradoria, “a sede da organização em Londres é um centro de preparação de planos russofóbicos em escala global, financiados por cúmplices do regime de Kiev”, afirmou o procurador-geral russo em comunicado.
O órgão russo ainda declarou que a ONG teria contribuído para ampliar o conflito militar, justificando crimes atribuídos a neonazistas ucranianos, cobrando mais recursos para eles e apoiando o isolamento político e econômico da Rússia.
Até o momento, a Anistia Internacional não comentou a proibição.
Repressão crescente a entidades estrangeiras
Desde 2015, autoridades russas mantêm uma lista de organizações estrangeiras consideradas indesejáveis. Hoje, aproximadamente 223 entidades enfrentam essa restrição, incluindo a emissora americana RFE/RL e a Greenpeace.
Cidadãos russos que colaboram ou financiam essas instituições podem ser punidos com multas e prisão.
No site oficial, a Anistia Internacional classifica a ofensiva russa na Ucrânia como uma “guerra de agressão”.
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