Durante cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Cultural, realizada no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira, 20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou os atos de 8 de janeiro de 2023 e afirmou que, graças aos produtores culturais, o Brasil “consegue manter a democracia capengando, mas andando”.
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O evento marcou os 40 anos de criação do Ministério da Cultura e homenageou 112 pessoas — entre elas, a primeira-dama Janja — por suas contribuições à cultura brasileira. Na ocasião, o presidente parabenizou a classe cultural e destacou que os artistas “não desistiram nunca e resistiram sempre”.
Ao mencionar os atos de 8 de janeiro, Lula afirmou que “a sociedade brasileira, mais uma vez, repeliu a tentativa de golpe, porque aprendemos que democracia não é um pacto de silêncio”, filosofou. “Democracia é uma sociedade em movimento, em busca de novas conquistas.”
Durante cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Cultural, realizada no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira, 20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou os atos de 8 de janeiro de 2023 e afirmou que, graças aos produtores culturais, o Brasil… pic.twitter.com/4laoQAo0Z1
— Revista Oeste (@revistaoeste) May 21, 2025
O presidente reforçou que, em sua visão, o Brasil não deve mais aceitar rupturas institucionais. “Se depender de todos nós aqui, esse país nunca mais haverá de sofrer um golpe”, garantiu. “E, se sofrer um golpe, haveremos de destruí-lo.”
Lula também celebrou o fortalecimento do setor cultural, com destaque para os avanços legislativos. Mencionou a aprovação da Lei Paulo Gustavo e a sanção da Lei Aldir Blanc 2 como iniciativas estruturantes.
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“No começo deste mês, sancionamos a lei que torna permanente a política nacional Aldir Blanc, a maior política cultural da história do nosso país”, afirmou. Segundo ele, a nova legislação garantirá recursos anuais para fomento cultural, definidos por cada lei orçamentária.
O presidente ainda chamou atenção para a importância da articulação da classe artística com o Congresso Nacional. “É preciso que vocês se aproximem do Congresso para convencer os deputados que nós queremos cada vez mais cultura e que a gente não quer mais o obscurantismo”, ressaltou.
Durante a cerimônia, Lula disse que a democracia “jamais será plena sem que todos e todas […] tenham acesso e participem da cultura do seu país” e destacou que o autoritarismo historicamente persegue a cultura por temer seu “potencial revolucionário”.

O presidente ainda criticou o governo de Jair Bolsonaro e afirmou que “os saudosos do autoritarismo tentaram matar o MinC porque queriam matar a cultura”. Ele ainda ressaltou que o Palácio Gustavo Capanema, local da cerimônia, foi “reaberto e devolvido ao povo totalmente revitalizado” depois de ter sido, segundo ele, alvo de tentativa de venda.
A lista de condecorados neste ano foi ampliada depois de consulta popular. Entre os homenageados, Lula destacou Marcelo Rubens Paiva, Walter Salles e Fernanda Torres. Segundo o presidente, o filme Ainda Estou Aqui contribuiu para o resgate da memória nacional e gerou “orgulho de torcer mais uma vez pelo Brasil”.
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