O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta rejeição de mais da metade dos brasileiros. Segundo um levantamento do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), divulgado nesta quarta-feira, 21, 54% dos entrevistados desaprovam o governo petista.
Em contrapartida, apenas 40% manifestaram apoio à gestão, enquanto 6% não souberam ou preferiram não responder.
O índice de rejeição permanece estável desde março, quando o mesmo percentual reprovava a atuação do petista. A aprovação oscilou negativamente em um ponto percentual.
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Realizada entre os dias 14 e 19 de maio, a pesquisa ouviu 2.500 pessoas por telefone e internet. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança, de 95,45%.
O pessimismo também marca as expectativas da população em relação ao futuro do governo. Quase metade dos brasileiros, 44%, acredita que a administração Lula vai piorar nos próximos meses. Apenas 39% esperam melhorias, enquanto 16% não preveem mudanças.
As notícias recentes sobre a presidência também influenciam a percepção pública. 45% dos entrevistados consideram desfavoráveis ao governo as reportagens veiculadas nos últimos dias. Outros 28% consideram o noticiário neutro e 19% avaliam como positivo.
Entre os assuntos mais citados espontaneamente pelos entrevistados, lidera o escândalo envolvendo fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social e a devolução de valores a aposentados, lembrado por 30% dos participantes.
A viagem do presidente à China foi mencionada por 11%, e falas recentes da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, por 3%.
Governo Lula eleva despesas com reformas e estrutura oficial
Na terça-feira 20, a vereadora paulistana Amanda Vettorazzo (União Brasil) usou as redes sociais para destacar os gastos de Janja com viagens internacionais, reformas em imóveis oficiais e eventos promovidos com recursos públicos.
Segundo a parlamentar, entre 2023 e 2024, uma equipe ligada informalmente à primeira-dama teria consumido pelo menos R$ 1,2 milhão em viagens.
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Além disso, Vettorazzo ressalta o custo do gabinete exclusivo de Janja no Palácio do Planalto. Segundo ela, a estrutura, cujo funcionamento é mantido sob sigilo, teria consumido R$ 2 milhões em apenas um ano.
O governo também gastou mais de R$ 26 milhões em reformas nas residências oficiais — como os palácios da Alvorada, do Planalto, do Jaburu e a Residência do Torto — com itens como um sofá de R$ 65 mil, um piso de R$ 156 mil e um tapete de R$ 114 mil.
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