A interceptação de um barco por parte das forças de Israel interrompeu a tentativa de 12 militantes, entre eles o brasileiro Thiago Ávila e a sueca Greta Thunberg, de chegarem à Faixa de Gaza na noite deste domingo, 8.
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O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou que interceptou a embarcação, a qual chamou de “iate selfie“, e que todos os passageiros estavam bem. Eles receberam sanduíches e água. “O show acabou”, postou o ministério do governo de Benjamin Netanyahu.
“Todos os passageiros do ‘iate das selfies’ estão seguros e ilesos”, informou a pasta, na rede social X. “Foram providenciados sanduíches e água para eles. O espetáculo acabou.”
Pedidos dos militantes, e posição do Brasil sobre Israel

Enquanto ainda estavam a bordo, os militantes enviaram mensagens em que pediram que seus respectivos governos agissem rapidamente diante do risco de prisão e deportação. Thiago Ávila, único brasileiro no grupo, afirmou esperar que o governo brasileiro atuasse para libertá-lo e rompesse relações diplomáticas com Israel, caso ele fosse detido.
“Cobrem o Itamaraty, os parlamentares, todas as figuras públicas”, disse Lara, mulher de Ávila. “Nós precisamos trazer o Thiago de volta, precisamos trazer todos de volta para suas casas.”
Greta Thunberg também se manifestou. Ela disse que o grupo foi “interceptado e sequestrado em águas internacionais” e solicitou ação imediata do governo sueco para garantir a libertação dos ativistas.
Na manhã desta segunda-feira, 9, o Itamaraty se posicionou em nota em que informou que acompanha “com atenção” a interceptação, pela Marinha israelense, da embarcação Madleen.
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“Ao recordar o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais, o Brasil insta o governo israelense a libertar os tripulantes detidos”, escreveu o Itamaraty. “Sublinha, ademais, a necessidade de que Israel remova imediatamente todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em território palestino, de acordo com suas obrigações como potência ocupante. As Embaixadas na região estão sob alerta para, caso necessário, prestar a assistência consular cabível, em consonância com a Convenção de Viena sobre Relações Consulares.”
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