Dois parlamentares brasileiros acompanhavam o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos quando o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubo, telefonou para o deputado. Pouco antes de divulgar medidas contra autoridades estrangeiras que participam de ações de censura contra cidadãos dos EUA, Rubio entrou em contato direto com Eduardo para antecipar os anúncios.
De acordo com os parlamentares que estavam presentes, a intenção de Rubio era clara: informar Eduardo Bolsonaro sobre as sanções que estão por vir.
Na avaliação de integrantes da oposição, muitos políticos ainda não perceberam como a ofensiva de Donald Trump pode atingir autoridades brasileiras. Por enquanto, “estão subestimando”, disse um deputado, em caráter reservado.
América Latina na mira de Marco Rubio
Embora não tenha divulgado nomes, Rubio afirmou que a América Latina está entre os alvos da nova política de restrição de vistos.
O secretário norte-americano detalhou os perfis que podem sofrer sanções. Entre os alvos estão, por exemplo, autoridades estrangeiras que emitem, ilegalmente, ordens de prisão contra cidadãos ou residentes dos EUA. Além disso, a medida também se aplica a quem ameaça prender norte-americanos por causa de publicações feitas em redes sociais.
Marco Rubio a rechaça abuso de autoridade
Publicamente, Marco Rubio afirmou que a política de restrições busca conter abusos contra a liberdade dos cidadãos norte-americanos.
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O secretário também criticou o fato de autoridades que impõem censura aos norte-americanos ainda circularem livremente pelo país. Para o senador, esse tipo de privilégio precisa acabar.
Rubio declarou que os Estados Unidos não tolerarão mais esse tipo de conduta. Ele ressaltou que o direito à liberdade de expressão é um princípio central da democracia norte-americana — e que nenhum governo estrangeiro tem autoridade para interferir nisso.
Durante audiência recente no Congresso dos Estados Unidos, Rubio disse acreditar que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal pode ser alvo das sanções. A declaração foi dada em resposta ao deputado Cory Mills, aliado de Trump e próximo da família Bolsonaro.
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