São Paulo: MTST invade obra no Minhocão em ação contra Nunes

Na manhã desta sexta-feira, 13, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) invadiram o canteiro de obras sob o elevado João Goulart, conhecido como Minhocão, na Avenida Amaral Gurgel, região central de São Paulo. O ato começou por volta das 9h, quando o grupo chegou com faixas e palavras de ordem e críticas contra a administração do prefeito Ricardo Nunes.

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Durante a invasão, trabalhadores da obra interromperam suas atividades e permaneceram próximos a caminhões de materiais. O ponto de conflito foi o espaço onde equipes realizavam escavações para instalar floreiras, parte do projeto de revitalização da área.

Segundo os invasores, pessoas em situação de rua que costumavam pernoitar no local estariam sendo expulsas em razão das intervenções da prefeitura.

Resposta da Prefeitura de São Paulo e detalhes do projeto

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes | Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que a requalificação de espaços públicos é uma ação contínua e atende a solicitações dos moradores. Ressaltou, ainda, que manterá a ciclovia sob o Minhocão e destacou que a cidade possui a maior rede socioassistencial do país, com 29 mil vagas para pessoas em situação de rua.

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A gestão Nunes iniciou, no sábado 7, obras para instalar jardins de chuva sob o viaduto, em área anteriormente destinada ao estacionamento de veículos. O projeto, chamado de segunda fase de requalificação da Rua Amaral Gurgel, prevê melhorias em quatro quarteirões. Elas ocorrem entre as ruas Cunha Horta e Jaguaribe, incluindo bolsão para taxistas, ponto de aluguel de bicicletas e trepadeiras nos pilares do Minhocão.

Na visão dos invasores, a ação da prefeitura estaria atendendo interesses imobiliários e promovendo expulsão violenta de pessoas vulneráveis.

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“Estamos denunciando a entrega da cidade à especulação imobiliária e a violência com que é feita a expulsão das pessoas que aqui estavam e o problema foi espalhado pela cidade sem uma política de moradia”, afirmou a coordenadora estadual do MTST, Beatriz Nowicki. “A gente quer chamar a atenção do prefeito para esse problema e somar força com outros movimentos que são contra esse processo.”

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