No dia 19 de setembro de 1990, estreava nos cinemas dos Estados Unidos o filme Os Bons Companheiros (Goodfellas, em inglês), dirigido pelo cineasta Martin Scorsese.
A produção, estrelada por Ray Liotta, Robert De Niro, Lorraine Bracco e Joe Pesci, foi baseada no livro best-seller Wiseguy, do repórter investigativo Nicholas Pileggi.
O livro narra a história real de Henry Hill (Liotta), um mafioso que se tornou informante do FBI entre as décadas de 1950 e 1980.
Os Bons Companheiros recebeu seis indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor. Joe Pesci ganhou a estatueta de Melhor Ator Coadjuvante por seu papel como o psicótico Tommy DeVito.
O filme teve sucesso nas bilheterias; arrecadou US$ 46,8 milhões apenas nos Estados Unidos e superou seu orçamento, de US$25 milhões.
Legado do filme
Os Bons Companheiros consolidou-se como um marco no gênero de filmes de máfia, redefinindo o estilo com uma abordagem realista e visceral. A película destacou-se pelo uso inovador de técnicas cinematográficas, como a câmera em movimento e o uso criativo de trilha sonora.
O legado de Os Bons Companheiros influenciou profundamente a cultura pop e inspirou séries e filmes subsequentes, como a série Os Sopranos (1999), da HBO.
A obra também solidificou o papel de Scorsese como um dos grandes mestres do cinema moderno. Tornou-se referência obrigatória em estudos sobre a representação do crime no cinema.
Mais de 30 anos depois do lançamento, o filme ainda é considerado uma das melhores obras do diretor e continua a impactar gerações de cineastas e espectadores.
A carreira de Scorsese
Martin Scorsese já era um diretor consagrado antes de Os Bons Companheiros, especialmente pelas colaborações com Robert De Niro em filmes como Taxi Driver (1976), Touro Indomável (1980) e O Rei da Comédia (1982).
Depois de Os Bons Companheiros, em que De Niro interpretou o mafioso Jimmy Conaway, a dupla trabalhou junta em Cabo do Medo (1991) e Cassino (1995).
Posteriormente, Scorsese dirigiu obras como Gangues de Nova York (2002), O Aviador (2004) e Os Infiltrados (2006). Este último lhe rendeu seu primeiro Oscar de Melhor Diretor, depois de cinco indicações anteriores na mesma categoria.
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