A Polícia Federal (PF) acessou dados do aparelho celular do chaveiro Francisco Wanderley Luiz. O objetivo é tentar identificar a existência de interlocutores e se eles estavam a par do que poderia ocorrer nesta quarta-feira, 13, nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF planeja verificar se Francisco mantinha relações políticas, tanto em Brasília quanto em Santa Catarina, seu Estado natal. O chaveiro era filiado ao Partido Liberal (PL) e chegou a se lançar candidato a vereador nas eleições de 2020. Não se elegeu.
PF em meio a interesses políticos
Embora fosse do PL, líderes do partido disseram desconhecer quem era o suicida. O partido, aliás, trabalha no sentido de neutralizar qualquer tentativa da esquerda de associar Francisco com as manifestações de 8 de janeiro e a figura do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Analistas acreditam que o governo federal, membros do Judiciário e parte da imprensa têm interesse nesta associação para prejudicar a imagem da direita e, ao mesmo tempo, inviabilizar o PL da Anistia, que tenta libertar pessoas presas ilegalmente – segundo especialistas no direito penal – pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
Os peritos da PF vão pedir autorização para a quebra do sigilo telemático e, assim, analisar os históricos de buscas e mensagens e dados armazenados na nuvem. Desse modo, as autoridades esperam encontrar possíveis provas sobre os planos do suicida.
A extração das informações é feita por meio de um software de última geração. O celular estava bloqueado com senha. Outros bens apreendidos, incluindo um trailer carregado com fogos de artifício, também estão em processo de perícia.
Mulher diz que suicida agiu sozinho
O relator da investigação é o ministro do STF Alexandre de Moraes, que, segundo a ex-mulher de Francisco, era seu principal alvo. Em depoimento, ela afirmou que o ex-marido “tinha a ideia de eliminar os ministros do STF”. Disse também que acredita “sinceramente” que ele tenha agido sozinho.
Imagens obtidas pela Polícia Civil do Distrito Federal mostram que Francisco comprou fogos artifícios em uma loja regular na semana anterior ao incidente. Informações preliminares apontam que ele modificou o material, de maneira caseira, para potencializar o efeito.
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