Enel quer seguir no Brasil e promete investir € 43 bi em melhorias

O grupo italiano Enel expressou interesse em estender as concessões de suas distribuidoras de energia no Brasil por mais 30 anos.

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A empresa fez o anúncio durante um evento que abordou o plano de investimentos para o período de 2025 a 2027. As concessões atuais no Rio de Janeiro têm término em 2026. São Paulo e Ceará, por sua vez, encerram os contratos em 2028.

Autoridades cogitam a revogação das concessões da Enel

Em virtude dos recentes apagões nas áreas atendidas pela Enel, autoridades do setor elétrico e políticos manifestaram preocupações. Eles cogitaram a possibilidade de revogação das concessões. 

Em novembro, um apagão deixou mais de 2,1 milhões de consumidores sem fornecimento de eletricidade, que só foi totalmente restabelecido depois de seis dias. Outro incidente, em outubro, afetou 3,1 milhões de clientes. Naquele mês, a energia foi normalizada em cinco dias.

“Ao falar da América Latina, principalmente do Brasil, nosso propósito é ser rentável com nossas novas atividades, mas sem perder valor nas pré-existentes”, afirmou Flavio Cattaneo, CEO global da Enel. 

O executivo ainda destacou a intenção de renovar a concessão em São Paulo. Ele enfatizou a competição acirrada enfrentada para obtê-la inicialmente.

Companhia anuncia plano estratégico com investimento de € 43 bilhões

No mesmo dia, a Enel apresentou o plano estratégico de investimentos para o período de 2025 a 2027. A empresa planeja, aproximadamente, € 43 bilhões (cerca de R$ 261,4 bilhões). Isso em todos os mercados em que atua.

O valor representa um aumento de € 7 bilhões (cerca de 42,5 bilhões) em relação ao plano anterior. O foco de investimentos será em redes elétricas, energias renováveis e soluções integradas para clientes.

De acordo com a companhia, o segmento de redes elétricas é o que receberá mais aportes, com cerca de € 26 bilhões (R$ 158 bilhões) — mais de 40% em relação ao ano anterior. A maior parte será direcionada à Itália e à Espanha, com 78% dos recursos. A América Latina ficará com 22% dos recursos alocados.

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