O Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) solicitou o arquivamento da investigação que envolve o cantor Gusttavo Lima, no âmbito da Operação Integration. O músico é investigado por suposta lavagem de dinheiro. O site Metrópoles divulgou a informação nesta segunda-feira, 18.
A operação examinava a compra e venda de uma aeronave e o vínculo do artista com a empresa HSF Entretenimento e Promoção de Eventos, de Darwin Henrique da Silva Filho. O MP-PE afirmou não haver provas que sustentassem as acusações de lavagem de dinheiro contra o cantor.
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O indiciamento de Gusttavo Lima foi motivado por transações financeiras envolvendo as empresas Zelu Brasil Facilitadora de Pagamento e Pix 365 Soluções Tecnológicas para a GSA Empreendimentos e Participações, pertencente ao cantor.
No entanto, o MP-PE afirmou que não houve indícios de ocultação ou dissimulação de valores, o que é essencial para caracterizar o crime de lavagem de dinheiro. Segundo o documento do Ministério Público, “a realização desses negócios, todos documentados e com as respectivas movimentações bancárias registradas, a toda evidência, não demonstram a prática de crimes de lavagem de dinheiro pelo investigado Nivaldo Batista Lima (Gusttavo Lima)”.
Além disso, o MP-PE informou que qualquer investigação sobre lavagem de dinheiro envolvendo o cantor deveria ocorrer na Comarca de Campina Grande (PB) em vez de no Recife, onde a investigação estava em andamento.
Venda de aeronave de Gusttavo Lima
Em relação à venda da aeronave Cessna Aircraft, modelo 560XLS, o Ministério Público requereu o arquivamento do caso. O pedido se deve à documentação regular da transação e à ausência de provas concretas de irregularidades.
No mês anterior, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-PE já havia identificado falhas nas acusações feitas pela Polícia Civil de Pernambuco.
O Gaeco informou que as evidências apresentadas eram insuficientes para sustentar uma denúncia contra o cantor.
Em setembro, a juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal de Pernambuco, havia emitido mandados de prisão preventiva contra Gusttavo Lima, Deolane Bezerra e outras 16 pessoas. A magistrada ainda autorizou 24 mandados de busca e apreensão.
Porém, o próprio MP-PE se manifestou contra as prisões, ao solicitar a liberdade de todos os investigados e ao se opor a medidas cautelares, como o bloqueio de bens.
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