Governo restringe publicidade de bets para crianças e adolescentes

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) determinou a restrição, nesta terça-feira, 19, da publicidade de apostas on-line voltada para crianças e adolescentes. As empresas, conhecidas como bets, terão dez dias para apresentar um relatório de transparência com as medidas adotadas para cumprir a suspensão, sob pena de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

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Além disso, a Senacon, vinculada ao Ministério da Justiça, suspendeu qualquer propaganda que ofereça recompensas relacionadas a adiantamentos, bonificações, antecipações ou vantagens prévias, mesmo que apresentadas como promoção, divulgação ou propaganda para incentivar apostas. 


As informações constam no despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira. 

STF e Congresso buscam limitar ação das bets

Na terça-feira 12, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux ordenou a implantação de medidas que proíbam propagandas de bets voltadas ao público infantil e juvenil. Segundo o ministro, o cenário atual, marcado por proteção insuficiente, traz impactos prejudiciais imediatos. 

“Verifica-se que o atual cenário de evidente proteção insuficiente, com efeitos imediatos deletérios, sobretudo em crianças, adolescentes e nos orçamentos familiares de beneficiários de programas assistenciais, configura manifesto ‘periculum in mora‘ [perigo originado da demora], que deve ser afastado de imediato”, diz o magistrado.

Menos de um ano depois da regulamentação das bets, o Congresso Nacional intensifica esforços para limitar o setor. De acordo com a apuração do jornal Folha de S.Paulo, 55 projetos de lei relacionados à regulamentação ou restrição das apostas on-line estão em tramitação na Câmara e no Senado.

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