O governador do Estado de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), propôs um boicote ao Carrefour e também ao Atacadão. A sugestão ocorre depois de Alexandre Bompard, CEO a companhia, anunciar que a rede vai deixar de comprar carnes de países do Mercosul.
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Na quinta-feira 21, Mendes publicou um vídeo em seu Instagram pedindo que os brasileiros deixem de consumir produtos das lojas do grupo, como forma de “honrar o país”.
Ele afirmou que, assim como o Carrefour pode escolher seus fornecedores, os brasileiros têm o direito de decidir de quem comprar.
“Respeitamos o direito do Carrefour de selecionar os seus fornecedores, entretanto, se o Brasil não serve para vender carne para eles, então essa empresa não deveria ser bem vista aqui”, declarou o governador.
Mauro Mendes justifica motivações para o boicote ao Carrefour
Em seu vídeo, Mauro Mendes sustenta que o boicote é necessário porque os produtores franceses não conseguem competir justamente com o agronegócio brasileiro. Por essa razão, eles estariam utilizando o discurso ambientalista para prejudicar o agronegócio sul-americano. O governador também criticou o presidente da França, Emmanuel Macron, por fortalecer essa pauta.
“Fica claro que essa conversa do presidente Emmanuel Macron, e de muitos ambientalistas que dizem defender o meio ambiente não passa de conversa fiada”, disse Mendes.
Veja a postagem do governador Mauro Mendes no Instagram:
Justificativa para a decisão do grupo
Na última quarta-feira, 20, o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, publicou um comunicado informando que a varejista global não vai mais comercializar carne proveniente do Mercosul. O bloco reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
A carta tem como destinatário Arnaud Rousseau, presidente da Federação Francesa dos Sindicatos de Agricultores. No documento, Bompard não detalha se a medida refere-se a todas as lojas do Carrefour na Europa ou se limita ao Carrefour França.
Essa decisão do Carrefour de suspender a compra de produtos sul-americanos justifica que eles não atendem às normas ambientais francesas. Contudo, essa medida impacta apenas a rede de mercados na França.
Outros estabelecimentos do grupo continuam comercializando carne sul-americana. Essa postura do Carrefour é vista como mais um empecilho nas negociações para o acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
Carlos Fávaro afirmou que deliberação parece um pretexto para que o país mantenha a posição contra a finalização do acordo entre o bloco e a União Europeia
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