Vídeo projeta o retrocesso da liberdade da mulher a partir da restrição no modo de vestir

Um vídeo que circula nas redes sociais parece projetar, na perspectiva da moda, um futuro sombrio para as pessoas que valorizam a liberdade e, sobretudo, a individualidade. 

Em pouco mais de 30 segundos, as imagens levam o consumidor da informação a uma viagem por sete décadas – dos anos 1960 aos anos 2030.

Mulher: da elegância à irreverência

O itinerário apresenta influências marcantes que se projetam na moda e, por consequência, expressam a forma de consumo da sociedade. O visual Chanel de 1960 dá lugar ao espírito mais irreverente dos anos 1970, com suas calças boca-de-sino. Em seguida, surge a alma pop dos anos 1980.

Uma década depois, o visual assume um perfil mais despojado, desregrado, com clara demarcação personalista. As customizações começam a ganhar espaço e dar mais força ao estilo de cada um. É a proeminência do jeans que nasce para atravessar gerações.

Os anos 2000 reforçam ainda mais um perfil de independência que parece estabilizar, por duas décadas, uma estética que conjuga a essência da moda simples com o corpo afinado. Chega então 2020 e, com ele, um acessório indesejado: a máscara.

Resultado de uma pandemia, o item quebra a harmonia e a paz. Até então, o vídeo mostra o passado e o presente, traduzidos em cenas que representam um aparente processo de liberdade de escolha associado ao bem-estar.

O chadori de 2030

A trajetória de progresso sutil e linear, simbolizado na moda feminina, é interrompida por um novo estilo, segundo a projeção do vídeo. A mulher caminha na rua vestindo uma roupa que cobre todo o corpo, numa alusão a culturas que divergem do senso de liberdade.

A independência para se vestir fica para trás e o que se vê é o figurino do chadori, a vestimenta talibã do regime afegão.

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