Durante depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), na quinta-feira 21, o tenente-coronel Mauro Cid não afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro sabia do suposto plano para assassinar o presidente Lula, o vice do petista, Geraldo Alckmin, e ministro Alexandre de Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Cid foi chamado ao STF em virtude da descoberta do que seria uma trama capitaneada por militares para dar um “golpe de Estado”.
Em entrevista à GloboNews, o advogado de Cid, Cezar Bitencourt, declarou que Bolsonaro sabia de tudo. “Confirma que sabia, sim”, disse. “Na verdade, o presidente de então sabia tudo. Ele comandava essa organização.”
Momentos depois, contudo, Bitencourt recuou. “O presidente, segundo a informação, teria conhecimento dos acontecimentos que estavam se desenvolvendo”, contou. “Isso ele não pode negar, mas não tem nada além disso. Eu não falei plano de morte, plano de execução, de execução como sendo o plano de morte. Falei da execução do plano pensado, imaginado, desenvolvido, nesse sentido.”
Moraes mantém Mauro Cid
Após ouvir Cid, Moraes decidiu manter a delação do militar. O acordo gerou inúmeras operações contra aliados de Bolsonaro, além de ter contribuído para a prisão de Filipe Martins, assessor da Presidência para Assuntos Internacionais do governo anterior.
Cid prestou depoimento no STF, durante três horas
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