Regulação de redes no STF não é consenso entre ministros e deve gerar debate

Na quarta-feira 27, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai se debruçar sobre a regulação das redes sociais. O julgamento, contudo, deve ter desfecho somente em 2025, em virtude da quantidade de sustentações orais e de processo, além da possibilidade de pedidos de vista.

A depender da decisão dos integrantes do STF a respeito do Marco Civil da Internet, pode haver censura no Brasil.

Oeste apurou que fechar o cerco no entorno das plataformas não é consenso entre os membros do tribunal. “Uma decisão nesse sentido pode cercear a liberdade de expressão, e acho que haverá bastante debate”, disse um ministro à coluna. “O melhor caminho é a autorregulação das plataformas”, acrescentou outro.

O tema chega ao plenário do STF depois de não ter avançado no Congresso Nacional. Na Câmara, o projeto de lei das fake news teve a tramitação paralisada e remetido a um grupo de trabalho instalado em junho. Não houve andamento até agora.

Regulação das redes no STF

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Foto oficial dos ministros do STF registrada durante a posse de Dino no lugar de Rosa Weber – 22/02/2024 | Foto: Antonio Augusto/SCO/STF

Atualmente, há três processos nesse sentido, sob as relatorias de Dias Toffoli, Luiz Fux e Edson Fachin.

O julgamento vai debater:

  • Regras para funcionamento das redes sociais;
  • Regime de responsabilidade por conteúdos postados por usuários na internet.

Resumidamente, o que está em discussão é o modelo de responsabilização das plataformas pelo conteúdo de terceiros — se e em quais circunstâncias as empresas podem sofrer sanções por conteúdos ilegais postados por seus usuários.

Integrantes do STF têm defendido a regulamentação das redes, entre eles, o próprio presidente Luís Roberto Barroso, sobretudo depois do suicida de Brasília e do 8 de janeiro.

Leia também: “Prerrogativas violadas”, reportagem publicada na Edição 244 da Revista Oeste


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