O presidente do Chile, Gabriel Boric, enfrenta uma acusação de assédio sexual que está sendo investigada pelo Ministério Público do país. Esta denúncia, que é a segunda envolvendo o presidente, foi formalizada em setembro.
No entanto, foi somente nesta semana que a Promotoria revelou a existência do caso. A defesa de Boric negou as alegações na noite desta segunda-feira, 25. O advogado afirmou que o presidente não cometeu nenhum ato de assédio.
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A acusação foi feita por uma mulher, que relatou ter sido assediada por Gabriel Boric quando ele tinha 27 anos. Esse incidente ocorreu pouco depois de ele concluir o curso de Direito. Na época, Boric já era um destacado líder estudantil. Atualmente, com 38 anos, ele havia ganhado notoriedade na política antes de se candidatar à presidência.
Cristián Crisosto, chefe do Ministério Público de Magallanes, região localizada no sul do Chile, confirmou que existe um processo criminal em andamento relacionado aos fatos descritos na denúncia. O caso foi registrado em 6 de setembro, conforme indicou a Promotoria.
O advogado de Boric, Jonatan Valenzuela, emitiu um comunicado na noite de segunda-feira, no qual refutou a acusação. Valenzuela declarou que o presidente “rejeita e desmente categoricamente a denúncia de um suposto fato ocorrido em 2013, quando ele tinha 27 anos e havia acabado de finalizar os estudos de Direito”.
A defesa ainda acrescentou que a mulher que fez a denúncia, na verdade, teria enviado, de maneira “não solicitada nem consentida”, 25 e-mails a Boric. Um desses e-mails continha imagens explícitas. Dez anos depois, ela teria feito uma nova acusação contra o presidente, sem apresentar provas consistentes, conforme a defesa.
Em 2021, durante a campanha, o presidente do Chile já tinha enfrentado uma outra denúncia de assédio sexual
No decorrer de sua campanha presidencial, em 2021, Boric também enfrentou uma denúncia de assédio sexual. Ele negou essa acusação prontamente. Essa denúncia nunca foi objeto de investigação criminal.
O presidente, que cumprirá seu mandato de quatro anos até 2026, não poderá se reeleger. No entanto, como detentor de foro especial, Boric só poderá ser investigado se a Justiça revogar sua imunidade. O Ministério Público designou uma equipe para investigar o caso, mas não revelou detalhes adicionais.
Essa nova acusação surge em um momento delicado para o governo de Boric. O governo também enfrenta um escândalo envolvendo seu ex-ministro de Segurança, Manuel Monsalve. Ele está em prisão preventiva desde a semana passada, acusado de abuso sexual e estupro.
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