O deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB) também foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no mesmo processo em teve Marcel van Hattem (Novo-RS) como alvo. Ambos realizaram discurso na tribuna da Câmara sobre a atuação do delegado Fábio Shor, em agosto.
Em entrevista a Oeste, o deputado Cabo Gilberto explicou que foi indiciado no mesmo inquérito de Marcel van Hattem, o qual foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino.
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“Fui informado do processo pelo meu e-mail oficial da Câmara dos Deputados”, afirmou. “Cheguei a ser chamado para depor, mas estava em plena campanha municipal e não podia. Enviei outra sugestão de data, mas não foi aceito. Agora, acabei surpreendido pelo indiciamento.”
O parlamentar afirmou ter acionado, nesta terça-feira, 26, seu corpo jurídico para cuidar do caso, assim como solicitou apoio da Corregedoria e da Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados.
“Mas, com a extrema insegurança jurídica que vivemos atualmente, com certeza vou ser condenado por um discurso feito em tribuna da Casa”, analisou Cabo Gilberto Silva.
O deputado disse que o caso não é uma “afronta” a ele, mas ao próprio Parlamento, que tem sua imunidade e inviolabilidade ameaçadas.
“É um ataque direto à democracia e à constituição. É muito grave a situação que o Brasil se encontra, pois vemos uma perseguição implacável não apenas a Jair Bolsonaro, mas a todos os seus apoiadores, que se encontram como alvos de inquéritos ilegais, intermináveis e infundados.”
Marcel van Hattem é indiciado por crime contra a honra
O deputado federal Marcel van Hattem foi indiciado três vezes por suposta calúnia e injúria cometidas contra o delegado Fábio Shor. No mesmo processo, o deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) também tornou-se alvo por críticas feitas ao integrante da Polícia Federal.
Em entrevista a Oeste, Marcel Van Hattem afirmou que seu indiciamento pela PF é uma “afronta à Constituição ao Parlamento”. Disse que a perseguição a um parlamentar é “para fazê-lo de exemplo à toda a população”, como um modo de impedir possíveis manifestações populares.
“Sem dúvidas é uma forma de intimidar, perseguir e curvar a legítima oposição eleita pelas urnas aos caprichos desse governo de plantão”, afirmou. “Isso é algo extremamente grave, que se faz em ditaduras. O que vivemos atualmente é um estado de exceção.”
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