Deputado aciona Ministério Público contra desligamento do Smart Sampa no Carnaval

O deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP) pediu, nesta quarta-feira, 26, o afastamento de três defensoras públicas que solicitaram o desligamento das câmeras do Smart Sampa durante o Carnaval na cidade de São Paulo.

O parlamentar protocolou a ação junto da deputada estadual Carla Morando (PSDB), no Ministério Público do Estado. 

Na última sexta-feira, 21, as defensoras públicas Fernanda Penteado Balera, Gabriela Galetti Pimenta e Surrailly Fernandes Youssef solicitaram ao prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), o desligamento das câmeras de reconhecimento facial durante as festividades.

Elas argumentam que o uso do recurso para identificar foliões de blocos de rua pode ser “discriminatório” e “inconsistente” com o direito à manifestação pacífica.

A central do Smart Sampa fica na rua XV de Novembro, no centro da capital paulista. O programa conta com 23 mil câmeras espalhadas pela cidade, que também auxiliam na busca por pessoas desaparecidas. Cerca de 4 mil câmeras possuem o recurso de reconhecer placas de veículos roubados | Foto: Divulgação/Prefeitura de São Paulo
A central do Smart Sampa fica na Rua 15 de Novembro, no centro da capital paulista | Foto: Divulgação/Prefeitura de São Paulo

Abduch, no entanto, discorda da justificativa das defensoras públicas. O deputado ressaltou a importância dos aparelhos para encontrar criminosos que estão foragidos. Além disso, os dispositivos ajudam a proteger a população de bem, que vai participar dos blocos de Carnaval.

A função de um defensor público

De acordo com Abduch, a função de um defensor público, por lei, é defender a pessoa humilde. Por esse motivo, não se pode aceitar que essas profissionais usem do cargo “para enviar recomendações absurdas à prefeitura”.


“O que elas querem com essa recomendação para desligar o Smart Sampa?”, perguntou Abduch. “Parece que há uma turma que nunca está do lado das pessoas de bem.”

Ainda de acordo com a parlamentar, a Defensoria Pública proíbe que seus funcionários pratiquem atos que colidam com as funções de seus cargos.

Smart Sampa ajudou a capturar mais de 700 foragidos

Inaugurado em julho de 2024, a central de monitoramento do Smart Sampa conseguiu capturar mais de 700 foragidos da Justiça. Além disso, quase 2 mil criminosos foram presos depois de ser identificados pelas câmeras de reconhecimento facial que estão espalhadas pela cidade.

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A recomendação para o uso das câmeras se baseia em um protocolo da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento estabelece diretrizes para o uso dos dispositivos de reconhecimento facial em manifestações pacíficas. 

A ONU quer que esses recursos sirvam para “permitir o exercício do direito à liberdade de reunião pacífica”, sem que as manifestações sejam vistas como “oportunidades para vigilância”.

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