O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou que o plano de golpe de Estado depois do resultado da eleição presidencial de 2022 é algo “sem pé nem cabeça”. O parlamentar não vê crime em “escrever bobagem”, conforme disse nesta sexta-feira, 22, no podcast “Bom Dia, Mourão”.
“Vejo uma fanfarronada para envolver o presidente Bolsonaro, o general Braga Netto, o general Heleno, que é um homem que não toma atitudes dessa natureza. Arma-se esse cenário todo, joga quase que um pó de pirlimpimpim e shazam: saem 37 pessoas nesse pacote indiciadas”, afirmou.
Para Mourão, crime existe quando se parte para a ação
Na quinta 21, a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas no caso. Como general, Mourão foi vice-presidente de Bolsonaro entre 2019 e 2022. O senador lembrou principalmente que havia um pequeno grupo de militares que, em tese, montou um plano sem pé nem cabeça. “Não consigo imaginar uma tentativa de golpe”.
Dos 37 indiciados, 25 eram militares. A maioria é composta por oficiais da ativa e da reserva, incluindo um general do Exército e um almirante da Marinha. Mourão perguntou: “É crime escrever bobagem? Vou deixar para os juristas. Vamos discutir isso. Vejo crime quando você parte para a ação”.
O ex-vice-presidente acrescentou que uma tentativa concreta de golpe necessita, sobretudo, de apoio de uma parcela expressiva das Forças Armadas, que serviria para proteger uma mudança constitucional.
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Nesse contexto, ele se refere ao suposto plano de assassinatos como absurdo. “Aqui no Brasil não houve nenhum deslocamento de tropa. Essas pessoas não tinham comando de tropa. Aí você olha os dados divulgados. É um plano sem pé nem cabeça, em que teriam armas, mas iriam executar o presidente e o vice-presidente eleitos por envenenamento. Um troço, assim, absurdo”.
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