O que se sabe sobre o caso que levou à suspensão de 34 alunos por causa de bullying em escola de SP

Um episódio de bullying resultou na suspensão de 34 alunos do ensino médio do Colégio Santa Cruz, escola de elite na zona oeste de São Paulo. O grupo de WhatsApp, inicialmente criado para organizar partidas de futebol, rapidamente se transformou em um ambiente de humilhação.

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Alunos do terceiro ano usavam o grupo para planejar festas e trotes. Os calouros eram pressionados a participar e contribuir financeiramente, sob risco de agressões físicas. Houve relatos de coma alcoólico durante as festas.

Violência e bullying

Mensagens com insultos circulavam livremente no “Drinha” — nome dado ao grupo de WhatsApp com mais de 200 estudantes. Vídeos mostram calouros sendo obrigados a cumprir desafios constrangedores, como revelações pessoais e aparições em trajes inadequados.

Colégio estima que números de suspensos pode crescer a partir da análise do material do grupo | Foto: Reprodução/Google Maps
Colégio estima que números de suspensos pode crescer a partir da análise do material do grupo | Foto: Reprodução/Google Maps

Dentro da escola, alunos do terceiro ano impunham restrições no uso de espaços. Ao O Globo, ex-alunos descreveram os trotes deste ano como “assustadores”, em razão da violência e do desrespeito.

A direção do colégio realizou uma reunião de emergência com pais e alunos para discutir o incidente. Até o momento, 34 alunos foram suspensos por tempo indeterminado, enquanto outros seis receberam suspensões de dois dias.

Medidas e compromissos da escola

A escola expressou indignação com o caso de bullying. A instituição afirmou que isso viola seus “valores estruturais”. Além disso, comprometeu-se a criar um ambiente mais inclusivo e respeitoso.

Medidas adicionais são planejadas para aprofundar a investigação e prevenir a repetição de episódios semelhantes.

A escola expressou indignação com o caso | Foto: Reprodução/Freepik
A escola expressou indignação com o caso | Foto: Reprodução/Freepik

Em vídeos que circulavam no grupo, um dos veteranos diz o nome de uma garota que seria seu “alvo”. Eles estimulavam os outros alunos a entrarem em uma “disputa” para saber qual “conseguiria” a colega.

Outro ponto que agravou o caso foram os relatos de violência dentro da escola. Alunos do terceiro ano teriam reservado espaços para “uso exclusivo” deles, como um banheiro no segundo andar. Um aluno do primeiro ano teria feito uso do local e sido confrontado pelos mais velhos.

Nesta sexta-feira, 31, pais e alunos foram convocados para uma reunião de emergência com a direção do colégio. Segundo O Globo, foram apresentados os problemas aos pais, e os alunos receberam orientações. No entanto, conforme o relato de uma mãe, “não há nenhuma conclusão” sobre as medidas que serão tomadas.

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