Gleisi ignora demissões de mulheres e fala em ‘protagonismo feminino’

O discurso de posse da petista Gleisi Hoffmann como a nova ministra das Relações Institucionais (SRI), foi marcado por falas ideológicas. E mesmo em uma cerimônia que contou com a presença da ex-ministra da Saúde, Nísia Trindade — que foi demitida por Lula do cargo —, falou em “protagonismo feminino”. 

Ao prosseguir com seu discurso nesta segunda-feira, 10, Gleisi Hoffmann se disse “honrada pela confiança de Lula” para assumir a Secretaria de Relações Institucionais. Citou sua nomeação como “protagonismo feminino”. 

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“Quero destacar mais esse aspecto rumo a o protagonismo feminino na vida política, num país marcado por séculos de patriarcado”, falou. “Não é trivial que um líder como Lula tenha usado lançar a primeira mulher presidenta da República, e também, a primeira presidenta do seu partido.”

A petista disse que os episódios são “símbolos fortes do compromisso com a mudança”. “Foi o presidente que mais nomeou mulheres para cargos de comando e posições de poder na história do Brasil”, acrescentou a ministra, sem relatar as demissões de mulheres do alto escalão de Lula. 


Desde o início do governo, três mulheres foram demitidas do alto escalão:

  • Daniela Carneiro — Turismo;
  • Ana Moser — Esportes;
  • Nísia Trindade — Saúde.

“Eu compartilho esse momento com todas as mulheres brasileiras, como um estímulo a toda a nossa luta contra a desigualdade, o preconceito e o machismo. Compartilho esse momento especialmente com a companheira Janja, que tem sido alvo de ataques misóginos, que atingem a todos nós”, destacou. 

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Os presidentes Hugo Motta (Câmara) e Davi Alcolumbre (Senado) participaram da posse de Gleisi como a nova articuladora do governo Lula | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Gleisi homenageia Alexandre de Moraes

Além de ter prestado “solidariedade” aos supostos ataques “misóginos” contra a primeira-dama Janja Lula da Silva, Gleisi falou em “trama golpista”, homenageou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a equipe do filme Ainda Estou Aqui.

A petista disse “ninguém” deveria se iludir com uma suposta queda do governo Lula: “Não chegamos até aqui, com a aliança que construímos, para dar errado”. Já superamos desafios muito mais difíceis e vencemos”, declarou.

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Alexandre de Moraes foi parabenizado por sua atuação no STF | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A nova ministra disse que a “democracia venceu” no país a partir das eleições de 2022, assim como “venceu a trama golpista que culminaria nos atentados de 8 de janeiro de 2023”. 

Ao citar a narrativa petista de suposta tentativa de golpe de Estado, afirmou que o episódio foi marcado pela “firme reação das instituições”. “Quero aqui reconhecer o papel do ministro Alexandre de Moraes na defesa da democracia e, agora, pela soberania nacional”, declarou. 

“Quero homenagear Walter Salles Júnior, Fernanda Torres e Selton Mello, e toda a equipe de Ainda Estou Aqui, por terem mostrado ao mundo o que significou a ditadura”, continuou. “A coragem e o sacrifício dos que a enfrentaram.”

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