O Ministério das Relações Exteriores manifestou sua preocupação com os episódios violentos ocorridos na Síria, que resultaram na morte de mais de mil pessoas, em sua maioria civis. O Brasil reforçou que, até o momento, não há registros de brasileiros entre as vítimas.
Em comunicado oficial publicado nesta segunda-feira, 10, o Itamaraty expressou “repúdio ao recurso à violência” e reforçou sua posição em favor de uma “transição política pacífica e inclusiva”, com respeito à “independência, unidade, soberania e integridade territorial da Síria”.
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Diante do agravamento da situação no país, o Itamaraty atualizou suas diretrizes de segurança e lançou um alerta consular para brasileiros residentes ou em trânsito na Síria. O governo enfatiza que qualquer viagem ao país deve ser evitada.
Para aqueles que já estão na Síria, a recomendação é que deixem a região por meios próprios até que a situação se normalize. Caso optem por permanecer, devem seguir rigorosamente as orientações das autoridades locais e evitar áreas de risco.
Além disso, é essencial não participar de manifestações ou aglomerações, manter documentos de identificação válidos e atualizados, bem como passaportes com pelo menos seis meses de validade.
A Embaixada do Brasil em Damasco permanece em contato com representantes da comunidade brasileira na Síria e, em caso de emergência, pode ser contatada por meio de seu plantão consular no número + 963 933 21 34 38 e pelo e-mail [email protected].
Presidente da Síria pede ‘unidade nacional’ depois de confrontos
O presidente interino da Síria, Ahmad Sharaa, fez um pedido por “unidade nacional” e “paz civil” no terceiro dia de confronto entre as forças de segurança do país e os alauítas, minoria étnico-religiosa apoiadora do ditador deposto Bashar al-Assad.
“O que está acontecendo no país são desafios que eram previsíveis”, declarou Sharaa durante discurso em uma mesquita de Damasco. O atual presidente liderou a coalizão islâmica que derrubou Assad.

O grupo que assumiu o poder é sunita e é acusado de promover uma “limpeza étnica sistemática”. Sharaa afirmou que é preciso “preservar a unidade nacional, a paz civil, tanto quanto possível, e, se Deus quiser, seremos capazes de viver juntos neste país”.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um monitor de guerra baseado no Reino Unido, afirmou que os dois dias de combates na região costeira do Mediterrâneo representaram alguns dos episódios de violência mais graves em anos no conflito civil, que já dura 13 anos.
Os confrontos continuaram durante a noite em várias cidades, onde grupos armados dispararam contra as forças de segurança e emboscaram veículos em rodovias que levam às principais cidades da região costeira, disse uma fonte de segurança síria à Reuters neste domingo, 9.
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