China reage com força às tarifas dos EUA e fala em nova ordem comercial

Enquanto governos tentam conter os impactos da nova ofensiva tarifária dos Estados Unidos, a China adotou outro caminho. Em vez de negociar, o regime de Xi Jinping decidiu responder com força. A reação foi direta: tarifas sobre produtos norte-americanos, bloqueios a empresas dos EUA e corte na exportação de minerais estratégicos.

Discurso interno e externo foca resistência econômica

Desde o anúncio das tarifas por Donald Trump, na última quarta-feira, 2, jornais estatais e autoridades chinesas iniciaram uma ofensiva retórica. O People’s Daily, porta-voz do Partido Comunista, afirmou que a China resistiu a sanções desde 2017 e cresceu sob pressão. Segundo o jornal, quanto maior a tensão, mais forte a economia se torna.

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Na edição de domingo 6, o jornal reconheceu os efeitos negativos das tarifas, mas descartou qualquer risco de colapso. O editorial buscou reforçar a confiança interna e alertar que o país não recuará diante do que classifica como “bullying“.

Reação rápida e estratégica de Pequim

A resposta chinesa veio na sexta-feira 4. Pequim impôs tarifa de 34% sobre produtos norte-americanos, mesmo valor aplicado por Trump sobre mercadorias chinesas. Também limitou exportações de minerais raros e anunciou restrições a empresas dos Estados Unidos que atuam no país.

A velocidade da reação surpreendeu analistas. Diferente de disputas anteriores, a China agiu sem hesitação. A decisão amplia os riscos de uma nova rodada de retaliações bilaterais e acirra a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

China busca aliados e articula nova ordem global

Na diplomacia, o regime chinês trabalha para atrair parceiros. Encontros recentes com Japão, Coreia do Sul e União Europeia indicam um esforço para formar um bloco contra as tarifas norte-americanas. Esses países também foram afetados por taxas de até 25%.

Governos do Sudeste Asiático, como Cingapura, veem o cenário com preocupação. O primeiro-ministro Lawrence Wong afirmou que a era da globalização chegou ao fim. Segundo ele, o comércio internacional agora vive sob regras arbitrárias e ambiente hostil.

Estímulos internos tentam compensar impacto no PIB da China

Apesar da crise no setor imobiliário e da alta dívida pública, o governo chinês anunciou incentivos ao consumo e à indústria. A meta de crescimento de 5% para 2025 está mantida. O People’s Daily reforçou que medidas estão em curso para proteger a economia.

Economistas do Goldman Sachs estimam que a tarifa de 34% imposta pelos EUA pode cortar 0,7 ponto porcentual do PIB chinês. No entanto, esperam que o regime reforce os estímulos internos como contrapartida.

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