O médico Leandro Echenique, que acompanha Jair Bolsonaro em Brasília, detalhou, na noite deste sábado, 12, a cirurgia que deve ser realizada neste domingo, 13, para tratar uma obstrução intestinal no ex-presidente.
“É uma cirurgia aberta, que vai corrigir essa parte da obstrução das alças [intestinais]”, explica. Segundo Echenique, o procedimento envolve a retirada e reposicionamento de uma tela já existente no abdômen do ex-presidente — região que passou por diversas intervenções desde a facada sofrida em 2018. “Então é uma cirurgia bem extensa.”
A confirmação da cirurgia depende ainda de exames a serem concluídos na manhã deste domingo.
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Bolsonaro chegou a Brasília na noite de sábado, vindo de Natal, acompanhado do senador Rogério Marinho (PL-RN). Ele foi internado no Hospital DF Star e, segundo Echenique, chegou estável e sem intercorrências durante o voo. Apesar da melhora na dor, a obstrução intestinal persiste.
“Nos demais aspectos, de pressão, cardíaca, está estável”, diz o médico. “Mas o quadro abdominal está mantido. Não houve melhora.”
Já o senador Rogério Marinho falou que Bolsonaro estava bem-humorado depois do voo e chegou a perguntar pelo resultado do jogo entre Palmeiras, que venceu o Corinthians por 2 a 0 pelo Brasileirão. O ex-presidente também está em contato constante com os filhos e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Uma aeronave fretada transportou o ex-presidente de Natal a Brasília. Ao chegar à unidade de saúde, Bolsonaro acenou para apoiadores que oravam por sua recuperação.

A equipe médica avalia realizar uma cirurgia para reverter a obstrução intestinal, consequência das sequelas da facada sofrida em 2018. O médico Claudio Birolini, que agora acompanha o caso, afirmou que o quadro atual é um dos mais graves desde a facada.
“Da forma como ele chegou, bastante desidratado, com muita dor e distensão abdominal exuberante, dá para dizer com alguma segurança que esse foi o quadro mais exuberante em relação aos quadros anteriores que ele apresentou”, disse ele em coletiva de imprensa. “Embora eu não tenha acompanhado presencialmente as outras ocasiões.”
Michelle preferiu que cirurgia de Bolsonaro fosse em Brasília
Nesta sexta-feira, 11, durante um evento político no Rio Grande do Norte, Bolsonaro sentiu fortes dores abdominais e foi atendido inicialmente em Santa Cruz, a 115 km da capital potiguar. Ele foi transferido para Natal depois. O boletim médico indicou um quadro de distensão abdominal.
– Saída Hospital Rio Grande.
– Natal/RN, 12 Abr 17h30.
– Jair Bolsonaro. pic.twitter.com/KsOKIT64CE— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 12, 2025
A equipe médica, ao avaliar a situação de saúde de Bolsonaro, ficou preocupada com indícios de piora no quadro de obstrução intestinal apresentado pelo ex-presidente. Desde a facada, ele tem histórico de interrupção do trânsito no intestino, que é controlado a partir de medicação.
A situação de saúde de Bolsonaro é considerada complexa, conforme disseram aliados. Diante disso, houve uma decisão de transferi-lo para outro hospital.
Alguns conselheiros queriam que ele fosse acompanhado em São Paulo, pela equipe do médico Antonio Luiz Macedo, que monitora o estado de Bolsonaro desde a época da facada, em 2018. Michelle Bolsonaro, porém, se opôs à ideia e preferiu realizar a cirurgia em Brasília, sob os cuidados de Birolini, especialista em parede abdominal.

A decisão de Michelle dividiu opiniões entre aliados de Bolsonaro, que defendiam a transferência do ex-presidente para São Paulo, onde poderia ser operado por Macedo, que acompanha a situação de saúde do ex-presidente há seis anos.
Mais cedo, em publicação nas redes sociais, Bolsonaro não disse onde seria operado. “Em Brasília ou em São Paulo, depois de minha transferência, provavelmente passarei por uma nova cirurgia.”
Aliados de Bolsonaro dizem que ele pode ser operado neste domingo, na hora do almoço. Na véspera, Marinho (PL-RN) já havia falado sobre a possibilidade de cirurgia e confirmou que Bolsonaro seria transportado em um avião.
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