Não dá para passar pano! Quando um jogador do calibre de Bruno Henrique, ídolo de uma das maiores torcidas do planeta, é indiciado pela Polícia Federal por envolvimento com fraudes em apostas esportivas, a gente percebe que o buraco é bem mais embaixo.
Pensem comigo: se isso acontece até mesmo na elite de nosso futebol, o que será que pode estar acontecendo agora mesmo nas divisões inferiores? A coisa fede – e muito!
Isso vai muito além de um “simples” cartão forçado no apagar das luzes contra o Santos. É uma rasteira no esporte, uma voadora no fair play e um tapa na cara de milhões de torcedores que suam para comprar uma camisa oficial ou um ingresso para ver seu time do coração.
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Agora, antes de puxar a guilhotina — e ela precisa estar bem afiada — vamos refletir um pouco. Bruno Henrique veio de baixo. Como tantos outros jogadores, venceu na vida financeira. Merecidamente, pois é um craque com a bola nos pés.
Perguntas e mais perguntas sobre o caso Bruno Henrique

Mas e a cabeça? Quem prepara? E quem orienta? Quem forma o cidadão? Pois é. A responsabilidade é do jogador? Sim!
Contudo, também é do sistema que trata o atleta como ativo financeiro e nada mais. Os clubes brasileiros gastam milhões com fisiologia, nutrição, estrutura europeia, mas não movem um dedo pra investir em formação intelectual, moral e cidadã dos seus jogadores.
Afinal, isso não dá retorno na janela de transferência, não é mesmo? Uma pena, mas agora, se tudo for de fato provado, que Bruno Henrique seja severamente punido.
É preciso passar ao mundo do futebol o recado de que essas armações com familiares e amigos, por mais inocentes que pareçam, são seríssimas e imperdoáveis. Infelizmente, o meu sentimento é o de que em pouco tempo teremos outros casos semelhantes “pipocando” por aí.
O post O que o ‘Caso Bruno Henrique’ diz sobre o futebol brasileiro apareceu primeiro em Revista Oeste.