Os ânimos se exaltaram na Comissão de Segurança Pública da Câmara durante um embate entre os deputados Gilvan da Federal (PL-ES) e Lindbergh Farias (PT-RJ).
Depois de ser chamado de “desqualificado” por Lindbergh, o parlamentar capixaba reagiu. Foi necessária a intervenção de colegas para conter os dois políticos.
Gilvan da Federal no centro da polêmica mais uma vez
Os parlamentares se desentenderam durante a oitiva do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que ocorre nesta terça-feira, 29. O começo do tumulto se deu quando Gilvan da Federal discursava e foi interrompido pelo petista.
Lewandowski começou sua participação com a tentativa de explicar a declaração de que “a polícia prende mal”. Segundo ele, a fala tratava das audiências de custódia e das dificuldades enfrentadas pelo Judiciário no momento da apresentação dos presos.
“O preso em flagrante, levado pela polícia, nem sempre é apresentado ao juiz com todos os seus antecedentes”, disse o ministro à Comissão de Segurança. “O que disse foi o seguinte: os juízes, as juízas são mães, são pais, são avós. Eles jamais colocariam presos de alta periculosidade nas ruas.”
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Apesar do compromisso firmado com parlamentares da comissão para a oitiva em tempo integral, Lewandowski interrompeu, exatamente às 12h36, a audiência na Câmara para participar de um almoço com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo.
Ele foi chamado à comissão justamente pela repercussão negativa da declaração. Integrantes do colegiado e de categorias policiais, como os delegados da Polícia Federal, reagiram imediatamente. A associação dos delegados da PF divulgou uma nota de repúdio. Diante da repercussão negativa, Lewandowski tentou minimizar o impacto e alega que a frase foi mal interpretada.
O encontro marcado com a frente empresarial causou estranhamento. O deputado Alberto Fraga (PL-DF) criticou a escolha. “A Frente da Segurança Pública não foi chamada para nenhum evento com o ministério”, disse. “Ficou estranho.”
Parlamentares temem que o ministro só retorne à Câmara no fim do dia, perto do começo da ordem do dia no plenário, quando a Casa começa a deliberar. O receio é que o debate na comissão seja esvaziado.
Durante a sessão, deputados da oposição cogitaram pedir a convocação formal do ministro, que compareceu à Câmara como convidado. O principal requerimento apresentado para esse fim é de autoria do deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO). Outros sete parlamentares também pedem o comparecimento obrigatório de Lewandowski.
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