O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, criticou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da escala 6×1. Segundo ele, o projeto de reduzir a jornada semanal de trabalho pode gerar desemprego e comprometer o equilíbrio econômico do país. A fala dele ocorre durante o J. Safra Macro Day 2025, realizado em São Paulo, nesta segunda-feira, 28.
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De autoria da deputada Erika Hilton (Psol-SP), a PEC busca substituir o modelo tradicional da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A proposta da psolista é determinar apenas quatro dias de trabalho por semana. Para Motta, a ideia “vende um sonho que não se sustenta”.
Hugo Motta critica PEC da escala 6×1
Hugo Motta destacou que o país precisa de responsabilidade fiscal, e não de ilusão legislativa. “A gente não pode vender um sonho que vira pesadelo”, afirmou o deputado durante o evento. “Precisamos proteger empregos, não hashtags.”
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Especialistas concordam com o presidente da Câmara. A redução da jornada de trabalho pode aumentar custos fixos, reduzir a competitividade das empresas e abrir brechas para demissões em massa. O alerta acompanha experiências internacionais — como no Reino Unido — que obtiveram resultados negativos com a semana de quatro dias úteis.
Riscos econômicos e sociais
Ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto é um dos críticos da possibilidade de se reduzir a jornada de trabalho no Brasil. De acordo com ele, alguma imposição nesse tipo de medida implicaria, automaticamente, em elevação do custo. Além disso, ele avalia que o aumento da informalidade seria outro problema.
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Empresários e representantes do setor produtivo também se posicionaram contra a PEC. A Confederação Nacional da Indústria classificou a proposta como “preocupante e imprudente”. A entidade alerta para o risco de desorganização de setores que operam em escala contínua, como saúde, transporte e agroindústria.
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