Liberais precisam ser mais conservadores (e vice-versa)

Na Edição 266 da Revista Oeste, o economista Ubiratan Jorge Iorio destaca as semelhanças entre liberais e conservadores, e defende a união dessas visões diante do cenário político atual.

De acordo com Ubiratan, embora a liberdade econômica seja uma das formas mais elementares de liberdade, ela costuma ser confundida com ganância, egoísmo e outros desvios morais. Isso leva muitos a acreditar, de forma equivocada, que a liberdade enfraquece a virtude. No entanto, essa visão é incorreta, já que liberdade e virtude são indissociáveis. Ainda assim, esse argumento é frequentemente usado como pretexto para que autoridades, eleitas ou togadas, imponham restrições em nome de supostos “fins maiores”.

O economista explica que, quando há império da lei, a economia de mercado estimula virtudes morais — o que evidencia que liberais (no sentido brasileiro, como defensores da liberdade econômica) e conservadores compartilham mais afinidades do que geralmente se imagina.

Leia um trecho do artigo de Ubiratan Jorge Iorio sobre a necessidade da união entre liberais e conservadores

Não são poucos os economistas liberais que não dão a devida atenção à importância das pautas morais nos processos econômicos e sociais, assim como existem conservadores pouco atentos ao valor da liberdade econômica e da economia de mercado. Seria desejável que ambos reconhecessem a importância e a interdependência das ligações entre economia e moral. Aliás, face à lamentável situação de deterioração institucional que estamos presenciando no Brasil, essa união entre liberais e conservadores, mais do que prudente e urgente, é vital.

Somente uma unidade assim concebida pode ser capaz de vir a formar no futuro uma novus ordo saeculorum, em cujo centro deve estar a liberdade integral e indivisível: a democracia ou liberdade política, a economia de mercado ou liberdade econômica e o pluralismo ou liberdade religiosa e de opinião, ressaltando-se que esta última é a primeira das liberdades, porque é a fonte e a síntese das outras duas. Tais elementos permitem a conciliação entre liberais e conservadores em defesa de uma práxis política objetiva, em cujo centro está a primazia da pessoa humana e que se coloca como diametralmente oposta a qualquer forma de planejamento central, de monopólio do Estado, de intervencionismo e dirigismo econômico, de niilismo, de relativismo moral e de totalitarismo.

Foto: Shutterstock

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Revista Oeste

A Edição 266 da Revista Oeste vai além do texto de Ubiratan Jorge Iorio. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de J.R. Guzzo, Tiago Pavinatto, Alexandre Garcia, Guilherme Fiuza, Ana Paula Henkel, Silvio Navarro, Uiliam Grizafis, Sarah Peres, Carlo Cauti, Rachel Díaz, Anderson Scardoelli, Adalberto Piotto, Roberto Motta, Dagomir Marquezi, Tom Slater e Daniela Giorno.

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