Os Estados Unidos (EUA) impuseram, nesta quarta-feira, 27, sanções a 21 autoridades venezuelanas em razão de trabalho desempenhado na repressão aos protestos depois das eleições de julho no país. Washington alega que Nicolás Maduro se declarou vencedor de forma fraudulenta, enquanto Edmundo González seria o verdadeiro vencedor.
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As sanções têm como alvo integrantes do governo e altos cargos das Forças Armadas e de segurança envolvidos em táticas repressivas.
Entre eles, estão pessoas da Guarda Nacional Bolivariana acusadas de usar armas de fogo para dispersar protestos e realizar prisões arbitrárias. Também sofreram sanções membros da Polícia Nacional Bolivariana e da Milícia Bolivariana.
Órgãos de inteligência na mira dos EUA
Além disso, órgãos de inteligência, como a Direção de Contra-inteligência Militar, estão na lista. Eles recebem críticas por abusos de direitos humanos, conforme apontado por organismos internacionais, incluindo a ONU, que mantém uma missão de especialistas para investigar essas práticas na Venezuela.
A lista de vetados inclui nomes de peso, como Alexis José Rodríguez Cabello, Javier José Marcano Tábata e ministros do governo Maduro, tais como Freddy Ñáñez, Aníbal Coronado Millán, Ricardo Menéndez e Julio García Zerpa. Daniella Desiree Cabello, filha do ministro do Interior Diosdado Cabello, também foi vetada.
Consequências das sanções
O Departamento do Tesouro dos EUA declarou que “esses indivíduos apoiaram e executaram as ordens de Maduro para reprimir a sociedade civil em seus esforços para se declarar fraudulentamente vencedor das eleições presidenciais da Venezuela de 28 de julho”.
A oposição, liderada por González, afirma possuir evidências de fraude. Os protestos resultaram em 28 mortos, 200 feridos e mais de 2,4 mil prisões.
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Edmundo González, atualmente exilado na Espanha, planeja retornar à Venezuela e assumir a Presidência em janeiro, apesar de enfrentar um mandado de prisão em seu país. O Departamento de Estado norte-americano também impôs restrições de visto a quase 2 mil pessoas ligadas a Maduro.
O governo venezuelano ainda não se pronunciou oficialmente sobre as sanções, mas historicamente classifica tais medidas como interferência estrangeira. As ações dos EUA visam a pressionar o regime Maduro a adotar reformas democráticas.
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