Os servidores no bloco da Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Brasília, têm lidado com um problema além da criminalidade. A presença de ratos e fezes dos roedores atormenta os funcionários há duas semanas, a situação persiste mesmo depois da aplicação de veneno.
Um servidor que preferiu não se identificar disse ao portal Metrópoles que os roedores se locomovem principalmente pelos dutos de ar-condicionado, localizados no chão, o que aumenta o risco de contaminação. “A chance de alguém pegar uma doença é muito grande”, afirmou o policial, que destacou ainda o descaso dos gestores em resolver a situação.
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A situação está saindo do controle, disse o policial. Segundo ele, a falta de verba teria dificultado uma solução definitiva, o que tem contribuído para o mal-estar entre os funcionários. “Logo na DGP, onde se deveria preocupar com o bem-estar do servidor, parece que os diretores estão fazendo pouco caso.”
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Segundo os relatos, há 15 dias, o problema foi identificado, mas a situação persiste, mesmo após a aplicação de veneno contra os roedores
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Embora os ratos não sejam vistos durante o dia, vestígios da presença deles, como fezes e cabos roídos, são frequentemente encontrados ao amanhecer. Preocupados com a saúde e o bem-estar no local de trabalho, os servidores da PRF já pediram providências imediatas, mas não obtiveram resposta eficaz até o momento. “O clima não é bom”, concluiu o policial.
Risco de leptospirose preocupa servidores da PRF
Em vídeo gravado pelos servidores da PRF, é possível ver as fezes dos ratos espalhadas pelo ambiente. A principal preocupação entre os policiais é o risco de doenças transmitidas pelos roedores, como a leptospirose.
A doença, causada pela bactéria Leptospira, é transmitida pelo contato com a urina de ratos contaminados. A infecção pode ocorrer com o simples contato da pele com água contaminada.
Os sintomas iniciais da leptospirose incluem febre alta, calafrios, dores de cabeça e musculares, principalmente nas panturrilhas, além de náuseas, vômitos e olhos vermelhos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a doença um mal negligenciado, e estima que, a cada ano, surjam 500 mil novos casos no mundo, com taxa de mortalidade entre 10% e 70% em casos graves.
De acordo com a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a leptospirose é uma doença de notificação compulsória no Brasil. Ou seja, qualquer caso suspeito deve ser imediatamente comunicado às autoridades de saúde para ações de controle e prevenção.
“Essas ações visam evitar a propagação da doença e proteger a saúde pública”, explicou a especialista ao Metrópoles.
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