O tiro que matou a médica Gisele Mendes de Souza e Mello, nesta terça-feira, 10, atravessou a janela da Escola de Saúde da Marinha. O estabelecimento pertence ao Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio de Janeiro.
A geriatra, que tinha 55 anos, participava de um evento no auditório do local quando um projétil a atingiu. Gisele recebeu socorro no centro cirúrgico. No entanto, ela não resistiu e morreu horas depois.
Tiro ocorreu durante conflito com criminosos
De acordo com relatos da Polícia Militar, a médica recebeu o tiro no mesmo momento em que ocorria uma operação no Complexo do Lins, a metros da unidade de saúde. A operação tinha o objetivo de prender criminosos que participaram principalmente de roubos de veículos na região do Grande Méier.
A PM informou que bandidos da comunidade do Gambá atacaram os agentes de segurança. Ainda não se sabe, no entanto, de onde partiu o disparo. A região do Lins reúne 16 comunidades e o lugar é território de constantes tiroteios.
Peritos da Marinha e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli calculam que o tiro percorreu uma trajetória acima do 2º andar, onde fica a sala em que a médica acompanhava a cerimônia. O projétil atingiu primeiramente a testa e depois se alojou na nuca de Gisele.
Autoridades recolheram fragmentos que indicam a possibilidade de a bala ter saído de uma pistola. O corpo da médica passou por necropsia na manhã desta quarta, 11, no Instituto Médico-Legal (IML) do Centro. Peritos da Marinha estiveram no local, mas não acompanharam a perícia feita por policiais civis. Os militares apenas tiveram acesso ao laudo.
Médica: promoção a almirante
Por volta das 9h, familiares de Gisele chegaram ao local. Um almirante da Marinha acompanhou os trâmites burocráticos. Gisele era superintendente de saúde do Hospital Marcílio Dias. O cargo é o terceiro na escala hierárquica. A médica estava a caminho de ocupar o posto de almirante.
Gisele se formou na Universidade Federal do Estado do Rio, em 1993, e se especializou em geriatria. Em 1995, entrou para a Marinha. Ela também foi diretora do Hospital Naval de Brasília (HNBra).
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