Dólar chega a R$ 6,09, e Banco Central intervém em leilão de moeda americana

Na manhã desta segunda-feira, 16, o dólar iniciou o pregão com forte valorização, alcançando R$ 6,09. Em resposta à alta, o Banco Central do Brasil interveio no mercado com leilões adicionais aos programados para controlar a subida da moeda.

Na sexta-feira anterior, a instituição já havia anunciado um leilão de até US$ 3 bilhões com compromisso de recompra. Contudo, antes deste leilão, previsto para as 10h20, o Banco Central promoveu um leilão à vista às 9h30, vendendo US$ 1,63 bilhão ao mercado, trazendo a cotação do dólar a R$ 6,04.

Esta semana, o foco do mercado está em diversas divulgações econômicas que podem moldar as expectativas financeiras. O boletim Focus, divulgado hoje, revelou que analistas consultados pelo Banco Central projetam taxas de juros mais altas nos próximos anos e inflação crescente para 2024 e 2025.

Também são aguardadas a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na terça-feira 2, e a decisão do Federal Reserve sobre os juros nos Estados Unidos, a ser divulgada na quarta-feira 3. Na quinta-feira 4, o relatório trimestral de inflação oferecerá mais detalhes sobre o cenário econômico.

A alta do dólar e o impacto econômico

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O dólar, a moeda dos Estados Unidos | Foto: Reprodução/Gerd Altmann/Pixabay

No Brasil, investidores monitoram o andamento do pacote fiscal do governo no Congresso Nacional. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, começou o dia oscilando, sem direção clara, refletindo a incerteza política e econômica.

Às 11h, o dólar estava em alta de 0,17%, cotado a R$ 6,0448, enquanto o Ibovespa subia ligeiramente 0,03%, atingindo 124.714 pontos.

Na sexta-feira 29, a moeda dos EUA aumentou 0,43%, finalizando a semana com uma queda de 0,60%, mas acumulando um aumento de 24,36% no ano.

O boletim Focus, uma pesquisa semanal do Banco Central com mais de 100 instituições financeiras, mostrou aumento nas expectativas de inflação, com a projeção do IPCA subindo de 4,84% para 4,89%, acima do teto da meta de 4,50% para este ano.

A meta central de inflação está fixada em 3%, sendo considerada cumprida se o índice variar entre 1,5% e 4,5%. O aumento dos gastos públicos tem sido apontado como um fator que pressiona as projeções inflacionárias.

Perspectivas para o crescimento e juros

Para 2025, a estimativa de inflação aumentou de 4,59% para 4,60%, também acima do limite de 4,50%. Para 2026, a expectativa permaneceu em 4%.

Economistas revisaram suas previsões para a taxa básica de juros, projetando aumentos futuros. Na semana passada, o BC elevou os juros para 12,25% ao ano e indicou que poderá aumentá-los novamente no início de 2025.

Para o final de 2025, a projeção da taxa de juros subiu de 13,5% para 14% ao ano. Para o final de 2026, a estimativa foi ajustada de 11% para 11,25% ao ano.

Quanto ao crescimento do PIB em 2024, a expectativa subiu de 3,39% para 3,42%, e para 2025, a previsão de alta passou de 2% para 2,01%.

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