Pobreza na Argentina tem projeção de queda para o 3º trimestre

O Conselho Nacional de Coordenação de Políticas Sociais (CNCPS) da Argentina projeta uma queda do índice de pobreza do país durante o terceiro trimestre, para 38,9%. A melhora no indicador é um reflexo da gestão do presidente Javier Milei, de acordo com o comunicado oficial do Ministério do Capital Humano, divulgado nesta quinta-feira, 19. 

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“Graças à implementação de políticas econômicas que têm contribuído para reduzir a inflação e estabilizar a economia, a pobreza continua descendo no ano”, diz o informe. O índice caiu de 54,8% no primeiro trimestre deste ano, o primeiro do governo de Milei, para 51% no segundo. 

A extrema pobreza também caiu na Argentina, de 20,2% no primeiro trimestre para 16% no segundo. A projeção do CNCPS é de 8,6% no terceiro trimestre. 

O governo argentino atribui a melhora econômica a dois fatores-chave. As políticas econômicas, “que ajudaram a equilibrar a macroeconomia e a pôr um freio na inflação”, e o foco em transferência direta de renda para os setores mais vulneráveis da população. 

Transferência direta de renda ajudou a reduzir a pobreza na Argentina

Quando o governo de Milei começou, 50% dos recursos destinados aos mais pobres eram distribuídos a partir de intermediários, como um programa de incentivo ao trabalho e cooperativas. Agora, 93,5% dos auxílios alimentares são transferências diretas às famílias que mais necessitam, segundo o informe oficial.  



Agustín Salvia, coordenador do Observatório da Universidade Católica Argentina (UCA), afirmou que os resultados positivos estão relacionados ao equilíbrio fiscal e à inflação controlada, alcançados pelo governo Milei. O país registrou em novembro sua menor inflação mensal desde 2020. 

“Os níveis de pobreza do terceiro trimestre foram atingidos graças a um regime de equilíbrio fiscal e baixa inflação, com expectativas de recuperação para 2025”, disse Salvia ao jornal Clarín. “Algo que não estava presente em 2023.”

No entanto, o coordenador da UCA destacou que a situação das classes médias populares ainda é muito frágil. “Embora tenha havido melhoria em relação ao primeiro semestre, elas continuam abaixo da linha da pobreza ano após ano.”



O pesquisador relacionou a queda da pobreza ao desempenho positivo da taxa de emprego na Argentina, que se manteve acima da média histórica, “embora o índice de subemprego e de trabalho precário por conta própria ou assalariado tenha aumentado”.

A queda do índice de pobreza concorda com outros dados divulgados ao longo do ano, que mostram melhora progressiva da economia argentina, que finalmente saiu da recessão. O governo local divulgou na última segunda-feira, 17, que o Produto Interno Bruto do país cresceu 3,9% entre julho e setembro.

Leia também: “Um ano de Javier Milei”, artigo de Gustavo Segré publicada na Edição 247 da Revista Oeste

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