Lojas, hotéis e academias em várias partes do mundo estão usando a música como fator de influência sobre os consumidores. Desde o momento em que o cliente adentra a área de algum estabelecimento, ele tende a absorver sons que moldam a sua forma de interação com produtos, serviços e espaços.
Mas não é apenas o que soa pelos amplificadores que altera o humor; um detalhe fundamental é a maneira como a música é transmitida. Volumes mais altos, por exemplo, podem acelerar o ritmo das interações e a rotatividade dos clientes. Suavidade e batidas mais lentas, por sua vez, sugerem uma abordagem mais serena e analítica em relação aos produtos.
Músicas para todas as faixas etárias
Manter as coisas frescas e interessantes é especialmente importante para o público mais jovem, explica Alec DeRuggiero, supervisor musical da Gray V, em entrevista à agência de notícias Bloomberg: “É importante apresentar coisas que eles talvez não conheçam, além de oferecer uma ou duas músicas familiares, ou que estejam em alta”.
Com a certeza de que ninguém quer se sentir velho e ultrapassado, as marcas procuram mesclar novos sons que também fazem referência a clássicos. Trata-se de uma estratégia de agradar facilmente a todas as faixas etárias, conjugando o tradicional com uma roupagem moderna.
Para a equipe da Gray V, a descoberta está no ouvido de quem escuta. Um cliente mais jovem pode entrar em uma loja James Perse, por exemplo, e descobrir Crosby, Stills & Nash, porque a banda soa como seus admiráveis Fleet Foxes e Ray LaMontagne.
Para Todd Snyder, fundador e presidente da marca de moda masculina que leva seu nome, a música desempenha um papel importante ao contar a história de suas coleções de moda mais recentes. “Ao criar uma nova coleção, eu frequentemente imagino para onde um homem está indo, o que ele está dirigindo e o que está ouvindo”.
Som em hotel tenta “calar” o caos
O aumento no número de clientes durante o período movimentado de festas reforça a importância de estabelecer imediatamente a atmosfera desejada para as marcas. O hotel Times Square Edition, em Nova York, é um bom exemplo dessa jornada musical em ação. “A playlist na entrada tem a intenção de sinalizar uma transição, que sugere aos hóspedes a deixar o caos da Times Square para trás”, diz Joe Lynskey, supervisor musical da Gray V.
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