A Polícia Civil de Minas Gerais terá nas próximas semanas o desafio de desvendar os reais motivos do acidente que matou 38 pessoas na madrugada deste sábado, 21, na BR 116, região de Teófilo Otoni. Até o momento, duas versões explicariam a violenta colisão entre um ônibus, uma carreta e um carro de passeio.
Uma das hipóteses, apresentada primeiramente pelo Corpo de Bombeiros, é a de que o estouro de um pneu ocasionou a perda de controle do motorista sobre o ônibus que ia de São Paulo para a Bahia. Assim, o coletivo colidiu com a carreta. O impacto foi tão forte que ambos os veículos pegaram fogo.
Carga na pista seria a causa do acidente
A segunda hipótese, que a Polícia Rodoviária Federal trouxe a público, sugere que um grande bloco de granito se desprendeu da carreta e atingiu em cheio o ônibus. Há dúvidas ainda sobre o carro de passeio que se envolveu no acidente.
Uma versão diz que o veículo trafegava atrás do ônibus quando aconteceu a colisão. Imagens do evento, no entanto, mostram o carro sob a carreta. Diante dessa situação, não se sabe ao certo qual era a posição do carro no momento do choque.
As autoridades confirmaram que a colisão entre os três veículos aconteceu por volta das 3h30, no km 285 da rodovia federal. Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente envolveu ao menos 49 pessoas, sendo 45 no ônibus, três no carro de passeio e o motorista da carreta.
Vídeos que pessoas gravaram no local mostram os veículos em chamas, mas não esclarecem o que pode ter acontecido antes. A companhia Emtram, responsável pelo ônibus, afirmou em nota que o veículo “estava com sua revisão em dia e pneus novos, além de possuir sistema de monitoramento”.
Motorista de carreta fugiu, diz Twitter/X
Em seu perfil de notícias, o Twitter/X informa que “o motorista do caminhão envolvido no trágico acidente que deixou 39 mortos na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa. A Polícia Civil informou que o condutor fugiu do local e irá decretar a sua prisão”.
As autoridades avaliam também o quanto uma suposta negligência do Ministério dos Transportes pode ter contribuído para a tragédia. No trecho da rodovia onde ocorreu o acidente, deveria haver um radar para limitar a velocidade dos veículos a 60 km/h.
Falta de radares: mais um motivo
Nos últimos dias, ao menos três acidentes com vítimas fatais aconteceram em frente a locais onde os radares existiam, mas foram retirados. De acordo com o governo federal, novos radares serão colocados nos mesmos locais em 2025.
A Polícia Civil de Minas Gerais emitiu um comunicado informando que está investigando o acidente. Acrescentou que policiais e peritos estiveram no local para identificar e coletar vestígios que irão subsidiar a investigação. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que a carreta estava com a documentação regular, a exemplo do ônibus.
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