Menino com autismo escreve livro sobre ‘mente borbulhante’

Noah Faria, um menino de 8 anos com autismo e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), lançou um livro infantil que descreve seus pensamentos. Sob o título The Fizzy Brain (Mente Borbulhante), a obra foi escrita em rimas. O texto busca conscientizar a população sobre as características de pessoas com esses diagnósticos.

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A inspiração para o livro veio durante uma conversa entre Noah e a mãe, Renata Formoso, depois do diagnóstico de TDAH do menino. 

Segundo Noah, seu cérebro conversava com ele de forma tão rápida que, às vezes, não conseguia entendê-lo.

Processo de criação do livro Mente Borbulhante

Renata é natural de Santos (SP) e mudou-se para Londres, na Inglaterra, há 16 anos. Ela colaborou na criação do livro.

Segundo Noah, seu cérebro conversava com ele de forma tão rápida que, às vezes, não conseguia entendê-lo | Foto: Reprodução/g1
Segundo Noah, seu cérebro conversava com ele de forma tão rápida que, às vezes, não conseguia entendê-lo | Foto: Reprodução/g1

Participaram também do projeto uma designer e uma diagramadora, também autistas, além de um psicólogo e uma médica psiquiatra, que escreveram termos médicos no fim do livro para apoiar pais de crianças com essa condição. 

O lançamento ocorreu em dezembro de 2023, por meio de financiamento coletivo. Uma edição em português está nos planos.

Conscientização sobre o autismo

Depois do lançamento, a escola de Noah em Londres o convidou para uma leitura e palestra. O evento resultou em convites de outras instituições escolares. Noah é sempre acompanhado pela mãe, que cuida para que as atividades sejam prazerosas.

Agora, Noah se prepara para sua primeira palestra aberta ao público. O evento será realizado em uma biblioteca. Ele também foi convidado para um evento em abril, na Semana de Conscientização do Autismo, que terá um ambiente sensorial e inclusivo. Noah será o palestrante.

Aos 5 anos, os médicos diagnosticaram Noah com autismo nível 1 de suporte. Aos 7, recebeu o diagnóstico de TDAH, depois de os professores perceberem dificuldades na escola. 

Com o diagnóstico, a instituição de ensino adotou práticas mais flexíveis, como o uso de massinha de modelar para ajudar na concentração. Noah, que fala fluentemente português, passa um mês por ano no Brasil.

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