Em 2013, Sabesp prometeu rio Tietê despoluído até 2025

Em março de 2013, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) afirmou que a concessionária tinha a meta de despoluir o Rio Tietê até 2025, por meio das obras de coleta e tratamento de esgoto desenvolvidas pelo Projeto Tietê.

“Em 2025 teremos o rio despoluído”, prometeu Dilma Pena, presidente da Sabesp à época. “Até o final da década [ou seja, 2020], teremos uma condição próxima de sem odor e grau de despoluição bastante avançado.”

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A declaração de Dilma foi feita durante cerimônia com as presenças do então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) da época, Luciano Coutinho. A reunião foi promovida para a assinatura de financiamento de R$ 1,35 bilhão do banco para o Projeto Tietê.

Segundo Dilma Pena, o planejamento da concessionária para a quarta etapa do Projeto Tietê está concluído e demandará investimentos de R$ 4 bilhões, dos quais R$ 1,2 bilhão já está garantido. “Esta etapa atinge áreas remotas e pobres da região metropolitana”, mencionou.

Poluição no rio Tietê ainda é um desafio

Na mais recente edição do estudo Observando o Tietê, datado de setembro de 2024, a Fundação SOS Mata Atlântica demonstra uma piora na qualidade da água do maior rio paulista. Desde 2021, a poluição cresceu 143,5%, quando passou de 85 para 207 quilômetros.

Os dados mostram que a extensão da mancha de água imprópria para uso alcançou 207 quilômetros, um aumento de 29% em comparação ao ano anterior.

No relatório, foram utilizados 16 parâmetros de qualidade, de acordo com o Índice de Qualidade da Água (IQA), que abrange 39 rios da bacia do Tietê a partir do monitoramento de 61 pontos de coleta. Destes, 62% apresentaram qualidade de água regular, 11% boa e 26% ruim ou péssima.

A qualidade da água do rio Tietê foi monitorada num total de 576 quilômetros, desde sua nascente em Salesópolis até Barra Bonita. Foi encontrada água de boa qualidade ao longo de 60 quilômetros entre a nascente e Mogi das Cruzes, que se somam a outro trecho de 59 quilômetros entre São Manuel e a foz do rio Piracicaba.

A condição regular da água se estende por 250 quilômetros, em três segmentos ao longo do Médio Tietê. A poluição torna a água imprópria para uso em 207 quilômetros (com qualidade ruim em 131 e péssima em 76), o que representa 35,9% do total monitorado.

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