O Brasil registrou um recorde alarmante de casos de dengue em 2024, conforme dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. De 1º de janeiro a 28 de dezembro, houve 6,6 milhões de registros, outros 652.053 casos prováveis e 6.022 mortes.
O número de óbitos é superior à soma dos sete anos anteriores, ou seja, 2023, 2022, 2021, 2020, 2019, 2018 e 2017 juntos. Além disso, 902 mortes ainda estão sob investigação e podem aumentar ainda mais o valor.
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A maioria dos casos prováveis de dengue (55%) em 2024 ocorreu entre as mulheres. No recorte por raça/cor, 41,7% dos casos ocorreram entre brancos, 35% entre pardos, 5,1% entre pretos, 1,1% entre amarelos e 0,2% entre indígenas. Outros 16,9% não tiveram essa informação registrada.
A faixa etária de 20 a 29 anos concentrou o maior número de casos, seguida pelas de 30 a 39 anos e 40 a 49 anos.
Situação geográfica e demográfica
O coeficiente de incidência da dengue em 28 de dezembro era de 3.275,9 casos para cada 100 mil habitantes. O Distrito Federal apresentou o maior coeficiente de incidência, seguido por Minas Gerais, Paraná e São Paulo.
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Por sua vez, o maior número de mortes foi registrado em São Paulo, com Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal também entre os mais afetados.
Butantan pede registro da 1ª vacina de dose única contra dengue
Em 16 de dezembro, o Instituto Butantan apresentou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um pedido de registro para a primeira vacina de dose única contra a dengue, batizada de Butantan-DV.
Desenvolvido pelo próprio instituto, caso aprovado, o imunizante representará um marco para o enfrentamento da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A Butantan-DV se tornará a única vacina no mundo a oferecer proteção em uma única aplicação, o que pode aumentar a adesão à imunização.
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O atual esquema vacinal, que requer duas doses, muitas vezes enfrenta dificuldades de ampliar a cobertura, devido ao abandono da segunda etapa. A vacina é tetravalente, com eficácia contra os quatro tipos de dengue identificados no Brasil, sendo os sorotipos 1 e 2 os mais prevalentes.
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