O mercado brasileiro de commodities agrícolas está em um momento de expectativa em relação aos preços, especialmente do azeite. O produto pode ter seu valor menor em 2025, quando comparado ao ano passado.
Para isso, há a influência de uma série de fatores, mas o principal deles é a estabilização da seca na Europa. Depois de duas safras prejudicadas pela falta de água, a mais recente, que começou em outubro, já está com preços menores. Assim, a previsão de um clima mais estável pode trazer alívio para aos produtores e aos consumidores.
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Apesar disso, a demanda global por alimentos continua a crescer, o que pode manter os preços em alta. No entanto, a normalização da seca pode ajudar a aumentar a oferta, num movimento que equilibraria o mercado e evitaria picos de preços.
Impacto no mercado e o preço do azeite
Cientista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Rogério Jorge explicou, ao portal InfoMoney, o cenário na Europa. “A gente chegou a trabalhar com preço na Espanha, na origem, com valores de 8,95 euros”, afirmou. “Nesta safra agora eles começaram a colher no início de outubro queda desse valor.”
“Então, já tem o direcionamento de preço menor”, disse Jorge. Claro, não dá para dizer que essa queda vai ser refletida no preço do produto final aqui para o consumidor, porque nesse momento continuam em período de safra, de colheita, e o mercado nesse momento oscila um pouco.”
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O Brasil, como um dos maiores produtores e exportadores de commodities agrícolas do mundo, pode se beneficiar de um clima mais estável, já que pode levar a safras mais previsíveis e abundantes. Isso é positivo para o planejamento e para a economia do país.
Acordo Mercosul-União Europeia
Outro fator que pode influenciar o mercado brasileiro é o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Ele tem o potencial de abrir novos mercados para os produtos brasileiros, mas também traz desafios, como a necessidade de atender a padrões ambientais e de qualidade mais rigorosos.
“Tem alguns produtos agropecuários que vão ser beneficiados para o exportador de lá”, explicou Rogério Jorge. “O azeite é um deles, vinhos, produtos lácteos, vão ser produtos que serão beneficiados com essa diferença de tarifa que se concretize isso, isso também vai afetar o mercado, se não a curto, mas a médio e longo prazo vai afetar.”
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