Parlamento da Venezuela ameaça prender opositor que promete voltar para posse

Edmundo González, ex-candidato presidencial e opositor do governo de Nicolás Maduro, terá sua prisão imediata solicitada caso entre na Venezuela, declarou Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional, neste domingo, 5.

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González, atualmente asilado na Espanha, deixou o país depois de rejeitar os resultados da eleição presidencial, ocorrida em 28 de julho, na qual Maduro foi reeleito pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).


Em busca de apoio à sua autoproclamação como presidente, González iniciou uma viagem por países americanos. Ele tem afirmado que retornará à Venezuela para assumir o cargo de Maduro.

As declarações foram classificadas como “uma série de bobagens” por Rodríguez, que afirmou que o Parlamento acionará a Procuradoria-Geral para garantir sua prisão ao pisar em território venezuelano.

Segundo ele, qualquer tentativa de entrada sem autorização será considerada invasão. Rodríguez ressaltou inclusive que ex-líderes que entrarem ilegalmente na Venezuela serão tratados como persona non grata.

O opositor, que apresentou atas paralelas de votação e alegou vitória no pleito, enfrenta acusações de crimes como falsificação de documentos, traição à pátria e lavagem de dinheiro.

Antes de sair da Venezuela, ele assinou um documento em que reconhece sua derrota eleitoral, mas, depois de chegar à Espanha, intensificou as críticas ao governo e declarou-se vencedor.

Reunião de opositor venezuelano com ex-líderes

Durante seu tour internacional, González já se reuniu com os presidentes da Argentina, Javier Milei, e do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e ainda planeja encontros com Joe Biden, além de visitas ao Panamá e à República Dominicana.


Ele também se encontrará com ex-líderes latino-americanos, membros do Grupo Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (IDEA), que pretendem acompanhar González em sua tentativa de entrar na Venezuela na sexta-feira 10 para ser empossado.

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O encontro ocorrerá no Panamá na quarta-feira 8. Estarão presentes Felipe Calderón e Vicente Fox, do México; Mario Abdo Benítez, do Paraguai; Jorge Quiroga, da Bolívia; Jamil Mahuad, do Equador, e Mireya Moscoso e Ernesto Pérez-Balladares, do Panamá.

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