No início de 2025, vinte e um municípios de São Paulo decretaram estado de emergência por causa da dengue. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-SP) informou que as cidades afetadas são Dirce Reis, Espírito Santo do Pinhal, Estrela D’Oeste, Glicério, Guarani D’Oeste, Igaratá, Indiaporã, Jacareí, Marinópolis, Mira Estrela, Ouroeste, Paraibuna, Populina, Potirendaba, Ribeira, Rubineia, São Francisco, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Tambaú e Tanabi.
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O Painel de Arboviroses – Dengue, do Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde (Nies), divulgou que, entre 29 de dezembro de 2024 e 11 de janeiro de 2025, o Estado registrou 18,1 mil casos prováveis e 4,3 mil confirmados de dengue. Embora não haja mortes confirmadas, 30 óbitos estão em investigação.
Em 2024, no mesmo período, os casos prováveis totalizaram 16,3 mil, com 16 mil confirmações e dez mortes. Em 2023, os números foram mais baixos, com 5,2 mil casos prováveis, 5 mil confirmados e quatro mortes.
A SES-SP afirmou, em nota, que monitora continuamente a situação da dengue e outras arboviroses. O acompanhamento usa indicadores essenciais para avaliar o avanço da doença. Durante 2024, os casos de dengue no Brasil atingiram 5,8 milhões confirmações e mais de 6 mil mortes, um aumento de 316% em relação a 2023. Na cidade de São Paulo, o total de 623,4 mil casos e 475 mortes foi o maior em dez anos.
Outros seis Estados sofrem com risco de aumento de dengue neste ano
O Ministério da Saúde incluiu São Paulo entre os seis Estados com maior risco de aumento da dengue em 2025. Outros Estados com alta probabilidade de crescimento nos casos são Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. A pasta anunciou a compra de 9,5 milhões de doses da vacina Qdenga, destinadas a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Também lançou um plano de contingência, com um investimento de R$ 1,5 bilhão, para combater arboviroses até 2025.
Especialistas apontam que o fenômeno El Niño, somado ao aumento de chuvas e temperaturas, favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Estudos realizados em 2024 identificaram maior infestação do mosquito em áreas com temperaturas acima de 23,3°C e altos volumes de chuva.
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