Os oposicionistas ao regime do ditador Nicolas Maduro na Venezuela dizem estar com um misto de “ressaca emocional” e sentimento de abandono depois da posse do chavista na última sexta-feira, 10. Há uma percepção de que, mesmo com as evidências de que Maduro perdeu as últimas eleições, nada poderá pará-lo.
No entanto, muitos expressaram um otimismo cauteloso, encontrando algum conforto nos vídeos nas redes sociais divulgados por dois líderes da oposição: a popular ex-parlamentar María Corina Machado e Edmundo González, candidato que enfrentou Maduro no ano passado e, segundo observadores do pleito, venceu o ditador.
Na posse, Maduro comparou-se a um Davi bíblico lutando contra Golias. Acusou seus oponentes e seus apoiadores nos Estados Unidos de tentarem transformar sua posse em uma “guerra mundial”.
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O líder bolivariano ainda disse que o fracasso de seus inimigos em bloquear sua posse para um terceiro mandato de seis anos foi “uma grande vitória” para a paz e a soberania nacional da Venezuela.
Maduro: eleição marcada por fraude
O Conselho Eleitoral Nacional da Venezuela, formado por partidários do governo ditatorial, declarou Maduro o vencedor da eleição de 28 de julho. Mas, diferentemente de disputas anteriores, as autoridades eleitorais não forneceram contagens detalhadas de votos para respaldar o resultado anunciado.
A oposição, no entanto, coletou folhas de contagem de 85% das máquinas de votação eletrônica e as publicou on-line. Os dados mostram que González havia vencido com larga vantagem.
Especialistas da Organização das Nações Unidas e o Centro Carter, sediado nos EUA, ambos convidados pelo governo de Maduro para observar a eleição, disseram que as folhas de contagem publicadas pela oposição são legítimas.
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado
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