Criminosos se passam por deputado estadual para aplicar golpes

O deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania-SP) denunciou que uma quadrilha de criminosos usou seu nome para aplicar golpes. O político registrou um boletim de ocorrência por fraude e estelionato na última segunda-feira, 13.

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Há cerca de uma semana, golpistas ligaram para pessoas próximas a Zimbaldi e se identificaram como membros do gabinete do deputado. No primeiro contato, foi solicitado que a vítima confirme sua participação em um falso evento, por meio de um código enviado por WhatsApp.

O código é disparado pelo próprio criminoso e, assim que é clicado, clona o aplicativo de mensagens e permite que o golpista assuma o controle da conta. Por sua vez, ela é usada para praticar outros crimes, como extrair dados, acessar e-mails e até movimentar dinheiro de contas bancárias.

O parlamentar do Cidadania foi alertado por algumas das vítimas e, ao reconhecer o golpe, recorreu à Polícia Civil. Segundo o deputado, algumas pessoas acreditaram no contato e acessaram o código encaminhado pelo WhatsApp. Elas também foram orientadas a elaborar um boletim de ocorrência.

“Fica o alerta para quem receber este tipo de ligação: não estou promovendo evento algum e não estou pedindo para o gabinete ligar para quem quer que seja”, reforça Zimbaldi. “Estelionato é inaceitável e precisa ser combatido com o rigor da lei.”

Golpistas usam o nome do deputado

Para a Polícia, os eleitores e apoiadores mais próximos do parlamentar são os principais alvos dos golpes. Um deles foi o cabeleireiro Vasconcelos de Almeida Teodoro, de 60 anos, que teve seu WhatsApp clonado na semana passada.

Ao receber o código de uma falsa assessora de Zimbaldi, o profissional percebeu que os contatos salvos em sua agenda desapareceram. Segundos depois do crime ser cometido, diversas pessoas telefonaram para a vítima para questionar se ela estava bem ou se precisava de recursos.

Novo golpe pix distancia
Golpe do PIX é realizado totalmente à distancia | Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Naquele momento, os golpistas hackearam o aplicativo de mensagens de Teodoro e começaram a pedir dinheiro para os contatos de sua lista, num golpe em escalada. Duas clientes do cabeleireiro foram contatadas pelos farsantes, a quem foram solicitadas transferências via Pix de R$ 1,5 mil.

“Nossa intenção é conscientizar a população a ter mais cuidado com ligações que solicitam códigos e dados pessoais”, complementa o deputado. “Com as ocorrências feitas, fica a cargo da Polícia investigar e prender os criminosos.”

Leia também: “A lição do Pix”, reportagem de Edilson Salgueiro publicada na Edição 252 da Revista Oeste

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