Sobrevivente, piloto do helicóptero é crucial para investigação do acidente aéreo em SP

A sobrevivência do piloto Edenilson de Oliveira Costa, depois do acidente de helicóptero em Caieiras (SP), é crucial para a investigação das causas do ocorrido, segundo o assessor-executivo da Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil (Abrapac), Maurício Pontes.

“Além do milagre de ele ter sobrevivido, como a aeronave não tem caixa-preta, é a entrevista do piloto que ajudará a esclarecer o que aconteceu”, destacou.

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Ainda segundo o assessor, Costa está sob a proteção do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o que possibilita que ele forneça informações detalhadas sobre o ocorrido.

“A sobrevivência do piloto, nesse caso, será importante para a investigação”, disse Pontes. “A informação do piloto narrando tudo do que ele se lembrar é muito importante. O público cobra respostas, mas ela só será dada com o final das investigações.”


O acidente ocorreu no fim da noite da última quinta-feira, 16. Além de Costa, uma garota de 12 anos, Betina Feldman, sobreviveu. Seus pais, o empresário André Feldman, de 50 anos, e Juliana Elisa Alves Maria Feldman, de 49 anos, morreram. Agentes de salvamento resgataram a dupla sobrevivente em um local de mata.

A investigação do acidente de helicóptero em SP

Helicóptero que transportava o casal André Feldman e Juliana Elisa Alves Maria caiu na Grande São Paulo, resultando na morte dos dois
Helicóptero que transportava o casal André Feldman e Juliana Elisa Alves Maria caiu na Grande São Paulo, resultando na morte dos dois | Foto: Divulgação/Defesa Civil

Ainda não é possível afirmar se o mau tempo foi um fator determinante para a queda do helicóptero. Isso porque a investigação considera múltiplos aspectos, incluindo fatores humanos, materiais e operacionais.

Pontes comparou essa complexidade a um quebra-cabeça com milhões de peças e ilustrou a situação como a de um carro em um dia chuvoso. “Vamos fazer uma analogia com o carro na chuva, que tem freio ABS, estabilizador e está tudo em ordem, mas vem um motociclista e atinge o veículo”, começou. “Havia chuva, mas não necessariamente a chuva contribuiu para aquilo.”

Ainda conforme o assessor executivo da Abrapac, o helicóptero envolvido no acidente é um dos mais seguros e preparados para voar, mesmo em condições meteorológicas adversas.

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“É um modelo robusto e versátil”, explicou. “É um descendente do Esquilo, uma aeronave muito popular, porém mais avançado. Tem o rotor de carga protegido por carenagem, tecnologia embarcada que é padrão da aviação moderna. Basta dizer que é um modelo produzido pela divisão de asas rotativas da Airbus [Airbus Helicopters].”

A investigação prossegue com o objetivo de montar um quadro completo das causas do acidente. A equipe responsável busca entender como as condições meteorológicas, a condição do helicóptero e as ações do piloto se inter-relacionaram momentos antes da queda.

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