Em vídeo publicado no último domingo, 19, María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, apelou à população para boicotar as eleições até que o ditador Nicolás Maduro deixe o poder. Ela conclamou os venezuelanos a não votarem em eleições regionais enquanto o ditador estiver no poder.
Maduro tomou posse há 10 dias, mesmo com fortes indícios de que as eleições de 28 de julho foram fraudadas pela ditadura.
Institutos independentes asseguram que o ditador não venceu as eleições para o terceiro mandato, mas, sim, a oposição, cujo candidato era Edmundo González.
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Por meio de um vídeo nas redes sociais, María Corina reiterou que os resultados de julho não foram respeitados e exortou os cidadãos a não votarem enquanto a legitimidade do pleito não for reconhecida.
“As eleições são para escolher e não para reforçar a tirania. As eleições foram no dia 28, neste dia o povo escolheu e derrotou o regime. O resultado deve e vai ser respeitado”, afirmou.
Resultados eleitorais contestados
O Conselho Nacional Eleitoral, controlado pela ditadura, anunciou que Maduro venceu as eleições com 51,2% dos votos, derrotando Edmundo González, que teria obtido 44%. No entanto, a oposição contesta esses números, alegando que González teria alcançado pelo menos 67% dos votos.
María Corina também destacou que “o equilíbrio de poder está mudando” e que o governo de Maduro está cada vez mais vulnerável frente às crescentes manifestações populares contra ele. Em sua declaração, ela classificou o governo atual como “criminoso” e enfatizou a necessidade de restaurar a vigência da constituição nacional.
Mensagem de María Corina às Forças Armadas
A líder opositora enviou uma mensagem direta às Forças Armadas da Venezuela, que apoiam a eleição de Maduro. Ela afirmou: “Devemos entender que quem não é parte da solução, é parte do problema. Isso vale para todos os venezuelanos, mas especialmente para os militares e policiais, que têm o dever de defender nossa população, nossa constituição e nosso território.”
María Corina também disse que “a única negociação possível com o regime é para a transição democrática e ordenada”, com o candidato que, de fato, foi eleito em 28 de julho.
“O povo da Venezuela nasceu para viver em liberdade e em democracia. Maduro e quem apoia essa tirania tem de ter isso muito claro. Facilitem a mudança de maneira pacífica, porque ninguém poderá governar esse corajoso povo de forma ditatorial”, declarou.
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